Rogério Alves: Voto impresso. Eu apoio, só não sei porque.

Segurança das eleições
Rogério Alves, advogado - No Brasil, o voto é realizado inteiramente pelo sistema eletrônico desde as eleições de 2002. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o sistema é seguro. “Tanto quanto a capacidade humana é capaz de prover segurança, o sistema é seguro e nunca se revelou vulnerável até aqui”, disse, em agosto de 2020, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE.
O problema de hoje é que o presidente Bolsonaro tem levantado bandeira a favor do voto impresso e muita gente defende, mesmo sem saber porque.
De acordo com o TSE, o sistema eletrônico de votação é colocado à prova em testes públicos realizados constantemente e nunca se comprovou nenhuma fraude.
O principal mito sobre a fraude é uma possível programação onde se vota em um candidato e aparece a imagem do outro. A verdade é que há a proteção da urna por assinaturas digitais, auditável por todos os partidos políticos.
Outra lenda é que a urna pode ser invadida por hackers que posem, via internet, mudar os votos. Na verdade, a urna eletrônica não possui conexão com a internet ou qualquer outro sistema, o que impediria uma invasão ao equipamento.
Mas esse assunto do voto impresso não é novo. A última tentativa de introduzir o voto impresso foi em 2015, quando o então deputado Jair Bolsonaro o apresentou como uma emenda à minirreforma eleitoral feita naquele ano. Aprovada no Congresso, a medida acabou considerada inconstitucional pelo STF em 2018.
Eu penso que a simples impressão do voto não seria um atentado ao sigilo do voto, mas acredito que haveriam mais possibilidades de falhas e questionamentos. A falha na impressora poderia colocar em risco a apuração dos votos.
Aparentemente Bolsonaro não quer garantir a auditagem dos votos, mas simplesmente poder tumultuar a apuração em caso de derrota nas urnas. E você defende o voto impresso, mas não sabe nem o motivo, não é?
O advogado e cientista político Marcus Vinicius Pessanha, do escritório Nelson Willians Advogados, afirma que há forte endosso ao sistema eletrônico de votação.
"O panorama jurídico em relação ao voto impresso é praticamente pacífico de que o sistema atual é eficaz para garantir a segurança e a liberdade do voto", diz Pessanha à CNN. Leia mais artigos do advogado Rogério Alves Clicando AQUI.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem