Bacabal e Sua História

 

Professor Neto


ORIGEM DE BACABAL

Até 1876, a região de médio Mearim, onde está localizada Bacabal era habitada por índios da tribo dos Guajajaras e Crentes (de origem desconhecida), cujas malocas situavam-se no atual bairro do Juçaral.

Mas sua história começa no século XIX com a instalação de uma colônia indígena-Colônia Leopoldina – que mais tarde se tornaria fazendo agrícola de produção.

Acredita-se que houve resistência por parte dos índios aqui existentes na região, que localizavam-se nos povoados Boa Vista da Tábua e Aldeia do Índio. Vale ressaltar que no atual momento, não foi encontrado nenhum remanescente dessas tribos.

Até o final da década de 40 esses índios passavam por Bacabal em direção a São Luis viajando através de embarcações para visitar o “Pai Grande” era a forma como eles tratavam o governo do estado.

Com a chegada do Coronel português Lourenço da Silva em 1876, que aqui encontrou ambiente propício para a implantação de uma fazenda, cultivando lavoura de subsistência (mandioca, milho, feijão e algodão), devido a existência de rios e lagos que possibilitam as primeiras vias de acesso aos moradores.

A referida fazenda localizava-se na atual praça de Santa Terezinha, antes conhecida como Praça de Nossa Senhora da Conceição.

A fazenda do coronel utilizava mão de obra escrava e de alguns aliados indígenas. Com o “fim da escravidão em 1888”, quando da assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel a fazenda entrou em decadência e  por esse motivo foi vendida a Raimundo Alves de Abreu que passou a utilizar a “mão de obra livre” ficando denominada como Sítio dos Abreus. Em 17 de abril de 1920 através da Lei n° 932, assinada pelo então governador do Estado Cr. Urbano Santos da Conta Araújo, o povoado foi elevado à categoria de vila, passando a ser chamado Bacabal dos Abreus.

O nome Bacabal, teve origem devido a existência nesta região de uma grande quantidade de palmeiras conhecidas como bacaba (oenacarpus distichus) ou côco selvagem.

A 7 de setembro de 1920, instala-se oficialmente o município, tendo o seu território desmembrado de São Luis Gonzaga do Maranhão. Na época Bacabal contava com cerca de 9.500 habitantes em todo território.

Em 1938, Bacabal passou a categoria de cidade através do Decreto Lei N° 159 de 6 de dezembro do mesmo ano.

 

ASPECTOS GEOGRÁFICOS

DADOS GEOGRÁFICOS    

O município de Bacabal situa-se na mesoregião do leste maranhense e na micro-região do médio Mearim.

A altitude é 38 m, a sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas: 4° 14’ 12” de latitude sul longitude sul e longitude 44° 43’ 50” a oeste de Greenwich.

Área – 1444 Km 2

População – 91.737 habitantes, sendo 71.357 na zona urbana; zona rural 20.380; homens e mulheres 47.770.

Densidade demográfica 63,74 hab/Km2 .

Taxa de crescimento de 0,52% ao ano.

População estimada para 2002 93263 hab.

Limites – Ao Norte Olho D’água das Cunhas, Lago Verde e São Mateus. Ao Sul São Luis Gonzaga. Ao Oeste Bom Lugar. Ao Leste São Mateus e Alto Alegre.

 

ASPECTOS FÍSICOS

HIDROGRAFIA

Rio Mearim, é também denominado “Iso” pelos índios grajajaras, seus possíveis ancestrais cujo significado é “rio de águas pardacentas” por arrastar considerável quantidade de material em suspensão, rio de planalto, nasce entre as serras Negra e Canela, a uma altitude de 450m aproximadamente e toma direção norte, desemboca na baía de São Marcos, onde se observa o fenômeno da pororoca após um curso de 1095 Km. Apesar dos trechos encachoeirados é também navegável. Banha as cidades de Barra do Corda, Pedreiras, São Luis Gonzaga, Bacabal, Arari e Vitória do Mearim.

Segundo os estudiosos, o rio divide-se em três partes:

O Alto Mearim da nascente até Barra do Corda;

O Médio Mearim da Barra do rio Corda até a localidade do Seco das Mulatas;

O Baixo Marim do porto Seco das Mulatas até a foz na baía de São Marcos.

Os afluentes do rio Mearim são;

A margem direita os rios Flores e Arariaçu.

A margem esquerda os rios Corda, Ipixuna, Grajaú e Pindaré.

Além da sede do município o rio Mearim banha os povoados de Bom Jesus, Catinga, Porto Alegre, Santa Rosa, Lajinha, São Raimundo, Outeiro, Gloria, Sincorá, Seco das Mulatas e Laje do Curral.

Principais lagos do município de Bacabal: Verde, Salangô, Caçamba, Manuel Leite, Pampilho e Grande.

Grande parte da população bacabalense utiliza as águas do rio Mearim, para diversas finalidades tais como: navegação, irrigação, abastecimento de água, pesca e cultivo de vazantes e também como lazer.

 

CLIMA

O clima de Bacabal é tropical quente e úmido. As temperaturas variam entre 26° a mínima e 38° a máxima.

O período chuvoso inicia-se normalmente em dezembro e prolonga-se até maio, com um total de 1700 mm anuais. Os meses de maior concentração das chuvas são de janeiro a abril.

 

VEGETAÇÃO

A cobertura vegetal primitiva era de floresta e babaçu. As mudanças ocorreram devido à pratica das atividades econômicas como, agricultura, extrativismo e pecuária que provocaram a devastação de referida floresta bem como dos babaçuais. Restando hoje 80% de sua área coberta de pastagens, babaçu e área de cultivo agrícola, tendo apenas 20% da sua mata original.

 

SOLO

Ocorrem predominantemente solos minerais ácidos, pouco profundos e pouco permeável, bastante saturados com alumínio e com fertilidade natural baixa.

Neste tipo de solo cultivados principalmente agricultura de subsistência (arroz, feijão, mandioca, etc), além da pecuária extensiva.

 

POPULAÇÃO

a população bacabalense é bastante diversificada composta, por: negros, brancos e mestiços sendo a maioria destes provenientes de vários pontos da região nordeste, devido a ocorrência do fenômeno da seca. Aqui encontraram grande quantidade de terras devolutivas, não encontrando problemas para exploração das lavouras.

Assim, surgiram novas unidades produtivas em toda área próxima de Bacabal.

 

URBANIZAÇÃO

Em 1930, a administração municipal organiza a primeira planta da vila visando disciplinar o crescimento urbano. No ano seguinte mais um marco de progresso surge com a inauguração da energia elétrica gerada por motores.

Em 1932, a construção da rampa do porto cujo objetivo era facilitar o embarque e desempenho em geral. Abre-se um caminho entre o centro e o lugar chamado forquilha (atual rua Gonçalves Dias). Que contribuiu para aumentar a densidade de construção no centro.

Com a Segunda Guerra Mundial e a valorização do côco babaçu no mercado europeu, a função extrativa na área se intensifica, e maiores contingentes populacionais são atraídos, muitos deles com freqüência pela área urbana, ampliando as funções industriais e comerciais, principalmente. O núcleo toma forma mais organizada, porém sem grandes transformações.

No decorrer da década de 1950, a população aumentaria substancialmente em decorrência da melhoria das estradas e da imigração nordestina em massa.

Os anos sessenta assinalam menor intensidade no fluxo migratório para Bacabal. Mas nem por isso o centro urbano parou de crescer. A abertura de novas estradas e o asfaltamento da BR-316 até a pré-amazônia maranhense favoreceram a continuidade da expressão da Bacabal.

O comércio adquiriu novas feições, espalhando-se por toda a Rua Grande (onde se instalaram, inclusive lojas de grandes cadeias interestaduais) e expandindo-se também rumo à BR. Surgem novos bairros. Os já existentes ampliam-se. Aparecem algumas indústrias. Instala-se a diocese em 1° de novembro de 1968, com a posse de Dom Pascásio Rettler. Chega um novo estabelecimento de crédito (Banco Nacional). A população da cidade se dá mais ao norte, nas margens da rodovia e, através da ponte, para o outro lado do rio, mesmo em áreas sujeitas às inundações do rio Mearim.

Com o passar dos anos, Bacabal foi adaptando-se ao crescimento de sua população, inclusive nos nomes dos logradouros públicos, alguns com nomes primitivos e como se chamam atualmente.

- Rua do Trilho                                     - Rua Teixeira de Freitas

- Rua Quebra-côco                               - Rua Dr. Paulo Ramos

- Rua da Bacabeira                               - Rua Maranhão Sobrinho

- Rua Guimarães                                    - Rua Gonçalves Dias

- Rua da Bosta                                      - Rua Presidente Juscelino.                      

Existem em Bacabal, segundo o Censo de 2000 – “21.173 domicilio havendo uma média de 4,35 habitantes por residência”.

 

ASPECTO ECONÔMICO

ALGODÃO

Em sua primeira fase o forte da economia bacabalense foi o algodão, exportando através do rio Mearim para Sal Luis e daí para o mercado externo. Predominaria como mão-de-obra, então o elemento indígena e o negro, que “recém-libertado”, preferiu ficar na terra cultivando o algodão, o milho, o arroz e a mandioca.

A maioria das famílias moravam nas fazendas e a cidade funcionava como ponto de troca de mercadorias. Na década de 20 quando o município foi criado, naquela época sobressaia a lavoura algodoeira.

Nas duas décadas seguintes o algodão atingiu um período de maior produção, tendo se instalado no município indústrias de beneficiamento de algodão com a (COTONIERY), localizada no bairro do Ramal onde hoje funciona a empresa de transporte Itapemirim cargas. A referida indústria fazia o descaroçamento do algodão e em seguida fazia a prensagem em grandes fardos que eram transportados até as margens do rio Mearim através de trilhos que acompanhavam a Rua Teixeira de Freitas desde a fábrica até o porto por enquanto (hoje Balneário Verão), de onde seguiam de barcos a vapor até São Luis e de lá eram exportado para a Europa e Estados Unidos.

O subproduto do algodão que era o caroço, era ensacado e vendido para fábricas de óleo lubrificante e a torta (bagaço) era aproveitado na alimentação de animais como ração.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a produção entrou em decadência em virtude do envolvimento dos países compradores na guerra (França e Estados Unidos). Após a Segunda Guerra, a referida fábrica foi vendida para a família CHAMES ABUD (árabes), no entanto a produção já não alcançava mais as mesmas proporções.

 

ARROZ

A cultura do arroz no nosso município é bastante primitiva. Muitos agricultores usavam técnicas atrasadas sem mecanização, como por exemplo: fazer queimadas nos terrenos antes de plantar uma técnica pouco aconselhável e muito prejudicial ao solo pois diminui a riqueza de substâncias que são necessárias as plantas.

Todavia, as décadas de 50 a 70 foram marcadas pela grande produção de arroz em nosso município, tendo como fatores principais, a chegada de grande número de imigrantes nordestinos, que se dedicam ao cultivo de arroz. Devido a grande quantidade de terras devolutas e inexploradas. Outro fator importante, foi abertura da estrada que ligava Bacabal a Caxuxa.

Nesse período, em razão à grande produção de arroz foram instaladas em nossa cidade um grande número de usinas de beneficiamento, transformando o bairro do Ramal em um parque industrial, de onde chegavam e saiam frotas de caminhões carregados de arroz para outros estados, principalmente os da região nordeste.

Em 1968, o município chegava a produzir 15.268 toneladas de grãos sendo 5.800 toneladas de arroz, Bacabal era na época o principal município exportador de arroz

A falta de investimento em novas tecnologias para a agricultura (mecanização, adubação, irrigação) provocou a baixa produtividade das lavouras. Em conseqüência, o aumento do êxodo rural, que provocou o crescimento demográfico desordenado da cidade.

Outro fator que contribuiu para o declínio da cultura do arroz, foi a instalação de fazendas de criação de gado bovino, financiadas pelos Banco do Brasil e Nordeste. A instalação de algumas fazendas gerou conflitos pela posse da terra entre os fazendeiros e posseiros.

 

BABAÇU

Na paisagem vegetativa bacabalense, em maior ou menor quantidade, aparecem altivas e belas palmeiras. A babaçu é uma palmeira nativa. É nossa primeira riqueza extrativa.

Desta palmeira tudo pode ser aproveitado: o fruto é utilizado na fabricação de óleo, carvão, leite, ração para o gado, trabalho de artesanato. Dela são extraídos, ainda elementos para fabricação de detergente, sabão, margarina, cosméticos, asfalto, etc.

A folha cobre casas rurais, transforma-se em cofos, esteiras e fornece celulose para industrialização de papel.

Em 1968 a produção de amêndoas de babaçu alcançou 3900 toneladas.

A produção do babaçu teve importância maior a partir da decadência da cultura do algodão, na década de 40. A partir daí, o comercio de amêndoa do babaçu se intensificou bastante. O que levou ao surgimento de várias usinas de beneficiamento, tais como: Brasól e o, Incomnésia, Ofinosa S.A do nordeste BIASA.

Por falta de uma política de planejamento em nosso estado, ocorreu a decadência da produção. Além desse fator, destaca-se também a concorrência com óleo de soja, devido a grande produção no sul do estado (região de Balsas).

Nas últimas décadas, presenciamos a ocorrência de derrubadas de grandes quantidade de palmeiras, como também a proibição por parte de alguns proprietários na entrada de quebradeiras de côco em suas fazendas, o que levou buscar alternativas para o aproveitamento dos produtos do babaçu (artesanato, sabonete, papel, cosméticos e complemento alimentar, carvão e asfalto).

Existe em Bacabal uma usina de beneficiamento da casca do babaçu (Pacífico de Paula situada na BR 316), transformando-a em carvão vegetal, que tem um grande aproveitamento como fonte de energia e também como filtro nas indústrias.

Atualmente no município, existem fábricas de sabão que utilizam o óleo babaçu, como matéria-prima, tais como: Aiscol e Unióleo.

 

                          PRODUÇÃO AGRÍCOLA DE BACABAL

Produto

Área/Hectares

Toneladas

Arroz

2.548

4.174

Milho

1.920

1.910

Feijão

480

238

Mandioca

436

5.117

                             Fonte IBGE censo 2000

 

PESCA

Os indígenas já utilizam o rio Mearim fonte fornecedora de peixe, alimento básico desta população. Com o passar dos anos, essa atividade passa a ser comercial, que em 1968 chegou a produzir 347 toneladas de pescado, e, devido a essa grande produção havia duas fábricas de gelo, Urucânia e João Lobo sendo exportada grande quantidade do peixe para São Luis – MA e Teresina – PI.

As espécies mais encontradas são: Curimatã, Surubim, Mandubé, Sardinha, Mandi, Pescada, Liro, Piaba, Piau, Corro, Cascudo, Bodó, Piranha, Anojado, Traíra e outros.

Para organizar o trabalho de pesca, foi criado a colônia de Pescadores Z-30.

Com a diminuição da produção pesqueira do rio Mearim, surgiram os criadores de peixe em cativeiros.

 

PECUÁRIA

A pecuária foi uma das responsáveis pela instalação da fazenda do Coronel Lourenço da silva, mas no inicio era apenas uma das formas de garantir o alimento para os moradores da futura cidade; as fazendas se espalharam por todo o município, usando técnicas de criação bastante rudimentar, onde o gado ficava solto no campo e uma ou duas vezes por ano, era recolhido para o manejo dos animais.

Atualmente, nosso município é marcado pelo subdesenvolvimento, pelo latifúndio e concentração da renda.

Alguns criadores, dedicam-se apenas a criação do gado bovino, destinado ao corte, para isso a raça mais utilizada, é a nelore. Segundo o IBGE (Censo 2000) essa criação atingiu 57.100 cabeças de gado. Instalou-se em nossa cidade, a FIBRAL Indústria de exportação de carne bovina desativada a algum tempo que em seu lugar, utilizando as mesmas instalações instalou-se MAFRINORTE.

A produção de leite em nossa região não é destinada a exportação devido a baixa produtividade, sendo utilizada apenas para o consumo interno Segundo o IBGE essa produção de leite corresponde a 1.896.300 litros. (Censo de 2000).

Houve tentativas de se instalar industrias de resfriamento - COPEMA - pasteurização de leite, porém não tiveram êxito, devido a baixa produção do município.

Por ser o Maranhão, considerado uma área de risco dado a incidência da febre aftosa estão sendo várias campanhas de vacinação, pelo governo do Estado.

Além da existência da criação de bovinos, temos ainda a criação de suínos, sendo feita de forma extensiva, nos campos abertos e destinado ao consumo doméstico. Temos a AGROSUMA S/A que utiliza técnicas modernas de criação e produção, exportando carne suína para outros estados (criação intensiva).

Desenvolve-se a criação de ovinos, caprinos, eqüinos, muares e assininos que são de pequena expressão no município, destinado ao trabalho e aos serviços domésticos.

 

COMÉRCIO

Centro de comercio de grande importância, do Médio Mearim. Bacabal é ponto de convergência e comercialização de vários produtos para os municípios vizinhos, interligados a Bacabal pela BR-316 e pelo rio Mearim. Foi no estado, o maior exportador de arroz beneficiado.

Embora em menor escala, o município, exportou vários comércios, dentre eles destacavam-se: Urucânia, Casa Itapecuru, Rio Anil, Casa Laje, Loja Garibalde, que abasteciam da região com produtos variados, surgindo poSteriormente, outros como: Armazém Paraíba, Casas Pernambucanas, Armazém Paulista, Melodisc, Brasilar, Supermercado Nacional, Cinorte, Casa Matias, Casa Elza, etc. Hoje temos um comercio bastante variado com produtos específicos, como: calçadeiras, livrarias, concessionárias de automóveis, boutiques, lojas de departamentos e farmácias.

As áreas comerciais de maior importância: Rua Getulio Vargas, Rua Osvaldo Cruz, Rua Magalhães de Almeida, Rua Benedito Leite, Centro Comercial Coelho Dias, Mercado Central, Travessa da Mangueira, Mercado da Rodoviária, BR-316.

 

SERVIÇOS

O movimento bancário faz-se pelas agencias do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Maranhão, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Bradesco, fornecendo créditos para o desenvolvimento do município, através do comercio, agricultura, pecuária e indústria.

Os serviços hoteleiros iniciais em nosso município foram o Hotel São Domingos, Hotel dos Viajantes, Surgindo mais tarde o Hotel Jainara, Hotel Iguat, Hotel Pingo de Ouro, Brasil Palace Hotel, Hotel Mearim, Hotel Copacabana, dentre outros.

O primeiro mercado público de Bacabal, localizava-se, onde hoje é o Santuário de Nossa Senhora da Conceição.

 

INDÚSTRIA

Nosso município já foi o 3° maior do centro industrial do Estado possuindo aproximadamente 25 usinas de beneficiamento de arroz, dentre elas citamos:

Usina do Sr, Oscar Martins                hoje Armazém Paraíba

Usina do Sr. Maneco Mendes            hoje Trizidela

Usina do Sr. Romeu Fernandes           hoje Brasillar

Usina do Sr. José Neves                     hoje Bradesco

Usina do Sr. Tota                               hoje SEBRAE

Usina Só cereais                                 antiga Brahma

Usina Cotonifícil                                  antiga Coca-cola.

Destaca-se também a industria de torrefação e empacotamento de café, conhecida como - Café Bacabal – exportando café para todo o estado e estados vizinhos.

As industrias de beneficamente de côco babaçu eram: INCOMESA, BRASÓLEO, BIASA E OFINOSA.

Tivemos também os curtidores do Sr. Doca Bringel (hoje bosque Aracati) e Ângelo de Matos (hoje casa do Dr. Ofélio).

Grande parte destas industrias uma queda na produção do arroz e babaçu, matéria prima pelas mesmas.

As industrias atuais do nosso município são:

Industrias de Pré-moldados, óleo vegetal, olarias, serralharias, cerâmicas, sabão, panificadoras, curtidor, renovadora de pneus, mafrinorte, malharias, dentre outras.

 

ASPECTOS SOCIAIS

 

EDUCAÇÃO DE BACABAL

A educação bacabalense teve inicio nas residências de professores Eram escolas particulares de turmas seriadas de 1ª a 4ª séries do antigo primário. Essas escolas funcionavam com estruturas físicas precárias, sendo que os professores na sua grande maioria eram leigos, porem eram escolas que primavam pela disciplina e ordem, embora a metodologia utilizada fosse tradicional, mesmo assim havia aprendizagem.

Dentre os professores reconhecidos da época, temos: José Bonifácio, Safira, Belinha Caldas de Araújo, Gertrudes Marques, Camélia Viveiros, Alice Mendes, Elisa Monteiro, Nadir Abreu e Maria Alice Cardoso (ainda em atividade).

Uma das primeiras escolas a funcionar em nossa cidade foi a escola “Nossa Senhora da Conceição” de propriedade da professora Alice Mendes. “Colégio Osvaldo Aranha” de Arimathéa Cysne, fundado em 1951, no Mandato do Prefeito Frederico Leda, sendo que nesse mesmo prédio funcionava  simultaneamente duas escolas: no turno diurno “Osvaldo Aranha” e no vespertino “Urbano Santos”. Logo depois, a escola “17 de Abril” em 1966 e o Ginásio Municipal de Bacabal (atual U.E. Camélia Viveiros), surgindo posteriormente outras escolas como: U.E. Estado do Ceará, U. E. Cleômenes Falcão, U.E. Juarez Almeida, Ginásio Bandeirante (U.E. Manoel Campos Sousa), U.E. José Ribamar Marão Filho e U.E. Roseana Sarney.

 A maioria das escolas da rede pública estadual atendem preferencialmente o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e o Ensino Médio, e as escolas da rede municipal atendem a educação infantil e o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série e algumas de 5ª a 8ª série.

Na década de 50 destacamos a fundação do colégio de Nossa Senhora dos Anjos, que foi o primeiro Ginásio (ensino Fundamental de 5ª a 8ª série) a funcionar em nosso município, posteriormente passando a atender o segundo grau, destacando-se nesse período como um dos melhores colégios do Estado do Maranhão, sendo responsável pela formação de muitos profissionais que atuam em nosso município. Entretanto, hoje a escola atende apenas a educação infantil e o ensino fundamental de 1° a 4ª série.

Na década de 60 surgiram outras escolas particulares de grande porte, que passaram a atender uma clientela estudantil nos níveis fundamental e médio dentre elas: Colégio Governador Sarney, Colégio Batista Fred Halbrooks, Escola Normal Ginásio Santa Rosa e Colégio Gunnar Virgren, Escola Técnica e Comercial Alfredo Bena.

Atualmente, contamos com uma rede de escola privada bastante abrangente, onde na oportunidade ressaltamos: Instituto Educacional Monteiro Lobato, Instituto Educacional Domingos Sávio, Escola Adventista, Colégio Balão Mágico, Unidade Integrada Presidente Médici – SESI, Anglo, Caminho Suave, etc.

Com o grande fluxo de alunos egressos da 8ª série, surgiu a necessidade da ampliação de escolas para o Ensino Médio na Rede Pública Estadual, tais como: CEM Leda Maria Chaves Tajra, CEEFM Presidente José Sarney, CEM Irmã Berta, CRFM Arimathéa Cysne, U.I. Elisa Monteiro e outras particulares, Colégio Reis Magos, Batista, Instituto Educacional Monteiro Lobato, Instituto Educacional Domingos Sávio, etc.

Construiu-se através de convenio com o Governo Federal o Colégio CAIC, localizado na Vila Frei Solano, onde funciona os cursos da Educação Infantil e o Ensino Fundamental.

O Governo Estadual expandiu, em 1990, a UEMA, criando o Centro de Estudos Superiores de Bacabal – CAMPUS III, numa área de 265 hectares, localizada no Bairro Bambu às margens da BR – 316 com varias salas de aula e alojamento para professores, dando oportunidade aos jovens, para ingressar em curso superior, evitando assim que os jovens saíssem para outras cidades em busca de uma formação superior. A referida universidade oferece os cursos de Pedagogia, Letras, Enfermagem e Administração de Empresas Rurais.

 

SAÚDE

 As primeiras formas de atendimento à saúde de Bacabal eram feitas por enfermeiros leigos e farmacêuticos que atendiam em suas próprias residências e/ou farmácias, destacando: Sr. Araújo, Virgílio Parma, José Corrêa. Nessa época, os partos eram assistidos pelas parteiras, que acompanhavam as parturientes no momento do nascimento da criança, destacamos D.  Bárbara Maria dos Anjos, etc.

Primeiras farmácias:

São Sebastião                         Proprietário Sebastião Moreira

Santo Antônio                         Proprietário Tonico Braga

São José                                 Proprietário José Ericeira

Drogaria São João                  Proprietário Almeida Dias e Companhia, ao lado do foto Milton Leite.

O primeiro posto médico funcionou onde hoje está localizada a Associação Comercial, que contava com uma médica, a Dr. Laura Vasconcelos, que em sua homenagem deu-se o nome do primeiro Hospital Público da nossa cidade. Nessa época os primeiros médicos atendiam na residência desses pacientes, eram eles: Dr. Estevan Aquino, Dr. Lira, Milton Ericeira, Hamilton Raposo, Dr. Antônio Pereira da Silva Neto e Dr. Juarez Almeida.

Os primeiros hospitais a funcionarem foram: Casa Médica Santa Mônica, de propriedade de Francisco Coelho Dias, onde hoje é a residência do Sr. José dos Santos; Hospital Santa Teresinha, que tinha como sócios: Dr. Juarez Almeida, Dr. Antônio Pereira Silva Neto e Dr. Francisco Coelho dias, depois surgiram: Hospital Veloso Costa, Hospital Bom Pastor e Clinica Santa Joana, todos particulares.

Na década de 70 foi criado o ambulatório Madre Rosa pela paróquia de São Francisco para atendimento às pessoas carentes já que na cidade não existia atendimento público.

Primeiro hospital público da cidade foi o Hospital Laura Vasconcelos, construído na gestão do Prefeito Dr. Juarez Almeida e reformado recentemente pelo governo estadual.

Com a municipalização da saúde foi criado o Pronto Socorro Municipal, para atendimento de emergência. Em bairros e povoados foram instalados postos de saúde para prestar os primeiros socorros e vacinas. Os quais são ministrados pos enfermeiros e agentes de saúde.

Hoje, a cidade de Bacabal, conta com uma enorme rede de farmácias, distribuídas praticamente em toda cidade.

 

DIVERSÃO

 Os espaços destinados ao lazer em nosso município eram muito restritos e com pouca infra-estrutura.
A maioria das crianças brincavam livres pelas ruas, praças e quintais, tendo o banho em lagos e no rio Mearim como ponto de diversão para crianças e adultos, onde os jovens, nos fins de semanas, costumavam realizar piqueniques.

No inicio, as festas eram realizadas nas residências das pessoas. Os vesperais eram feitos geralmente nas tardes de sábado e domingo.

Um dos primeiros salões, utilizados para festas foi a Associação Comercial, freqüentada pos pessoas de maior poder aquisitivo. As pessoas de cor negra, freqüentava o clube “Bom Bom de Leite”, situada na rua Paulo Ramos. Havia outros salões de festas como o Sindicato dos Arrumadores e o Paulo Silva.

O primeiro clube dançante fundado em Bacabal foi a União Artística Operaria bacabalense em 5 de maio de 1957 por um grupo de profissionais de classe média, como: Donato, sendo seu primeiro presidente, Zezico, Almerindo, Agnaldo Silva, Bulão, Dionizio e Dionézio.

O segundo clube foi o Icaraí, tendo como principal incentivador, Mariano Parga. O citado clube passa a ser freqüentado pela  elite bacabalense dando continuidade a segregação racial em Bacabal.

O terceiro clube foi a Associação Atlética Vanguard fundado em 1965, que foi uma inspiração dos funcionários públicos, e desta forma estavam realizando um sonho de ter o espaço físico onde pudessem também desfrutar do lazer, principalmente nas festas carnavalescas que transformou o clube, em um dos mais populares da cidade.

Atualmente, Bacabal conta com  mais alguns clubes: AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) Associação dos Vigilantes, Basa Clube ARCET (Associação Recreativa e Cultural dos Empregados da Telma) desativada, Clube BNB, Cassino da Urca, Oba ShoW, Boate Cripton, Cantinho do Reggae e Beira Rio.

 

ESPORTES

    Dentre as praças de esporte, queremos destacar o campo do Operário, que durante o governo de Juarez Almeida, passou por reformas, ganhando dessa forma um novo nome: ESTÁDIO JOSÉ CORREA. O referido estádio foi também reformado durante o governo de João Alberto de Sousa.

Uma outra praça de esporte que merece destaque é o Estádio do Merecão, localizado no bairro Ramal e que é muito usado para a pratica do esporte amador.

O futebol sempre alcançou lugar de destaque entre os esportes, com a realização de torneios, campeonatos locais, com a presença de times amadores como: Palmeiras (Raimundão), Santos (Dr. de Paula), Botafogo (José Correa), Flamengo, Campinense, Treze (Trizidela), América (Trizidela) Tupã e Guarani (Bairro D’areia), Tamandaré (SESP). A maioria desses times desapareceram dando origem a novas equipes.

No futebol profissional a cidade contou com dois times importantes Bacabal Esporte Clube (BEC) Americano Futebol Clube, ambos disputaram o campeonato maranhense e hoje apenas o BEC disputa essa competição, inclusive conquistando o titulo de Campeão Maranhense em 1996. Sendo o primeiro time do interior a realizar esse feito.

Destacamos hoje um papel muito importante das escolinhas de futebol presentes em nossa cidade como: Verona, Flamengo, Corinthians e outros.

 

CINEMAS

Bacabal já dispõe de duas casas de espetáculo; o Cine Teatro Kennedy, situado na Rua Magalhães de Almeida e o cine Teatro Ideal localizado na Rua Grande, com capacidade para 300 a 750 espectadores respectivamente, funcionando hoje apenas o Cine Teatro Ideal.

 

POLÍTICA

 Na década de 30 havia o grupo formado por João Teles, comerciante, tendo como opositor o Sr. Castor, também comerciante. Esses grupos duraram aproximadamente 20 anos, posteriormente surgiram outros grupos opositores, do Sr. Trinta e Sr. Raimundo Assenço, durante aproximadamente até a década de 50.

O primeiro prefeito de Bacabal foi o Sr. José de Mendonça, atualmente o município é administrado pelo Sr. José Vieira Lins. A bancada da câmara de vereadores conta com 15 cadeiras e a cidade possui 58.286 eleitores.

No momento o município é representado a nível nacional pelo Senador da República o Sr. João Alberto de Sousa, e a nível estadual pelo Vice Governador o Sr. Jurandir Ferro do Lago e os Deputados Estaduais Elígio Almeida e Manoel Sousa Viana (Ceará).

 

BACABAL E SEUS PREFEITOS

Desde o seu primeiro Prefeito constitucional, até o atual, Bacabal teve 38 prefeitos em 44 administração, sendo que os senhores Jorge José de Mendonça e José Vieira Lins foram os únicos reeleitos e Raimunda Ramos Loiola, como 1ª prefeita mulher de nossa cidade. Alguns nomeados, outros exerceram o cargo por imperativo das circunstancias.

v   Jorge José Mendonça - Eleito

v   Manuel Guimarães - Eleito

v   Jorge José de Mendonça - Reeleito

v   Raimundo Teles de Menezes - Eleito

v   Odorico Miranda Leal  -Vice em exercício

v   Pedro José de Sousa - Eleito

v   Joaquim Ribeiro – Eleito para terminar o exercício

v   Manoel Campos Sousa – Eleito

v   Ranulfo Fernandes - Nomeado

v   José Maria Sousa  - Eleito

v   Ranulfo Fernandes – Nomeado

v   Vicente Medeiros – Nomeado

v   Raimundo Marques – Nomeado Interinamente

v   Belarmino Freire – Nomeado

v   Lauro Oliveira – Nomeado

v   Raimundo Assenço Costa Ferreira – Eleito

v   Raimundo Santos – Nomeado Interinamente

v   Francisco das Chagas Araújo – Nomeado

v   Euzébio Martins Trinta - Eleito

v   Lino Feitosa – Nomeado

v   Joaquim Paulo Gonçalves  - Nomeado

v   Aristarco Martins – Nomeado

v   Alceu Pereira Martins – Nomeado

v   Euzébio Martins Trinta  - Nomeado

v   Francisco Borges de Matos – Nomeado

v   Mariano José Couto – Nomeado

v   Frederico Leda – Nomeado

v   José Everton de Abreu – Eleito

v   Raimundo Trindade Vale – Vice em Exercício

v   Frederico Leda – Eleito

v   João Gomes Vidal – Presidente da Câmara em Exercício

v   Antônio Pereira da Silva Neto – Eleito

v   Benedito de Carvalho Lago – Eleito

v   Carlos Alberto Dias Sardinha – Eleito

v   Manoel Quadros de Oliveira – Vice eleito, assumiu para concluir o mandato

v   Francisco Coelho Dias – Eleito

v   José de Sousa e Silva Filho – Eleito

v   Raimunda Ramos Loiola – Eleita

v   João Alberto de Sousa – Eleito

v   Jurandir Ferro do Lago – Vice em exercício para concluir o mandato

v   Jocimar Alves de Sousa – Eleito

v   José Vieira Lins – Eleito

v   José Vieira Lins – Reeleito

 

COMUNICAÇÃO

É importante comentar como se deu, o processo de comunicação de nosso município, uma vez que no inicio de nossa história, a comunicação era bastante lenta, sendo o rio Mearim, o canal de comunicação mais importante da época, pois através dele, as informações chegavam e saiam.

Essa comunicação pode ser aqui representada, cronologicamente:

Abril/1885 Implantação do telegrafo nacional

Abril/1956 Construção da estrada BR-316, ligando Bacabal a Caxuxa.

Novembro/1964 Instalação da Companhia telefônica.

1978 Instalação da Telma.

1980 Instalação da Radio Jainara.

Atualmente, conta com as emissoras da TV Mearim e TV difusora, bem como rádios de FM: Mirante FM e 05 FM além do seu provedor de Internet, IVMNET.

  

RELIGIÃO

A religião predominante em Bacabal é o catolicismo embora o protestantismo tenha evoluído nos últimos tempos.

As primeiras igrejas católicas de nosso município: Capela Nossa Senhora da conceição, Santa Teresinha, Capela Santo Antônio, São Francisco, Santana, Porta Aberta, onde se encontra a diocese de Bacabal, seu bispo atual é Dom José Belisário da Silva.

Entre as igrejas protestantes citam-se a Batista Pioneira, Adventista do 7/ dia, 1ª Igreja Batista e Assembléia de Deus (fundada em 1937), além de outras igrejas evangélicas.

  

A PARÓQUIA DE SANTA TERESINHA EM BACABAL

Conforme relato do Pe. Frei Adauto e populares, por volta de 1936 numa pequena Capela na Praça de Sta Teresinha hoje Praça Silva Neto já se festejava a Padroeira Sta Teresinha.

Neste período a nossa Paróquia recém criada tinha sido desmembrada da Paróquia de São Luis Gonzaga, Paróquia Mãe, e o nosso primeiro Vigário foi o Raimundo Amorim Carvalho muito conhecido como  Pe. Carvalho. Por causa de débitos ao Sr. José Neves a Capela foi vendida para cobrir este debito. Já em 1940 tivemos do Pe. Eurico, que foi o idealizador da planta da Igreja atual e iniciou a sua construção por volta de julho de 1940 e logo em seguida regressou para a cidade de Araioses, assumindo o destino da Paróquia, o Pe. José de Freitas Costa que por motivo de saúde por varias vezes teve que se afastar da função de Pároco para tratamento de saúde, neste período tivemos como cooperadores em nossa Paróquia o Pe. Estrela e o Cônego Odorico Braga. Em 1946 passou por aqui pregando as Santas Missões o Pe. Frei Damião Bozzano.

Em 1953 chegam a Bacabal os primeiros Franciscanos: Frei Adauto, Frei Celso e Frei Eraldo e logo num Futuro bem próximo o Pe. Frei Adauto assume a Paróquia de Sta. Teresinha depois substituído por Frei Godofredo, este por Frei Miguel, este por Frei Cláudio, depois Frei Eurico, depois Frei Frederico e atualmente Frei Hermano.

A imagem atual de Sta. Teresinha foi uma doação do Prefeito da época o Sr. João Gomes Vidal.

 

ASPECTO CULTURAL

Nos últimos anos a cultura bacabalense passou por significativas transformações, uma vez que em nossa cidade surgiram novos artistas de grande expressão no cenário da cultura local.

Bacabal se destaca como uma das principais cidades do Maranhão, não apenas pela sua importância político-economica. A antiga vila de 1920, hoje cidade feita, também tem sua importância, seus mitos, suas lendas, seus artistas, seu folclore, seus costumes e tradições, que ao longo dos seus 82 anos vem constituindo e revelando a identidade sócio-cultural de seu povo.

A historia inicial da cidade é um subsidio dos mais significativos, pois são as raízes de um passado e os frutos de um tempo presente que podemos encontrar na lembrança dos mais velhos, na poesia de Brasilino Miranda e outros da capoeira, nas telas dos pintores, nas formas do barro e da madeira que lhes dão os escultores e ceramistas, alem do teatro, festas tradicionais e outras expressões culturais.

Dentre essas expressões destaca-se, para efeito de comentário, o teatro, o Bumba-meu-boi, a poesia, a música.

   

TEATRO

Inicialmente Bacabal tinha um teatro por ocasião de festas religiosas. Por volta de 1970 surgiu o TEMOB (Teatro Modelo de Bacabal) com uma linha de trabalho não ligado a religião, mas usando o espaço religioso, como o Auditório do CONASA e Salão Paroquial. Mais tarde o TEB (Teatro Experimental de Bacabal) que seguia a mesma linha do TEMOB. Por motivo de disputa e rivalidade ambos deixaram de atuar. Após alguns anos surgem ARTBAC e o ADECART, que envolveram muitos jovens, levando encenações além das fronteiras do município. Nos últimos anos outros grupos foram surgindo, a exemplo o GTCCBB (Gitar. Cia. Curupira e artes Cênicas) que a curto espaço buscam afirmação.

Também merece destaque a fundação da Casa dos Artistas de Bacabal CAB por Paulo Campos, justamente com o teatrólogo, ator, escultor e estilista Massoé Carvalho (falecido em 1995). A CAB nasceu da necessidade de uma entidade aotonoma  que servisse de elo entre os artistas e o meio. A CAB realizou festivais de musica, feiras de arte, arraiais, festivais de poesia, dentre outras.

 

MÚSICA

No campo da música, Bacabal se destaca por sua produção e variados estilos em que os autores inspirados no lirismo e na realidade da vida cantam a beleza da cidade, o povo, o amor, criticam e protestam.

Um dos fatos de grande importância foi a criação da primeira Escola de Musica pelo Sr. Garcez Assai, depois criou-se a Banda  Santa Cecília que teve grande destaque na historia da musica local, que composta por grandes músicos como: Dionézio Miranda, (saques alto), José Carlos Sousa (trombone), Aldemir Costa Santos (bombardeio), Manoel Marinho (contrabaixo), Joselir (pandeiro, cantor), Antonio Monteiro (bateria), Luis (pistom) e Francisco Ferreira (clarinete), Simão Lopes (Pistom), Antonio Lago (trombone), Aguinaldo Frazao (trombone), Cláudio banda ficou desatinado por um longo período voltado a atuar na administração do prefeito José Vieira Lins, participando dos principais eventos cívicos da cidade e tendo a sua frente o maestro Victor, Emmanoel das Chagas Souza (Victor Paraíba).

Mais tarde, surgem outros grupos musicais como: Carlos Miranda Show, Brito Som Seis, Banda Califórnia, Banda Shok, Os Mitos, Banda América, The Pop Som, Os Canários do Norte um dos primeiros grupos locais a gravar disco em 1980, inclusive com muito sucesso.

Destacamos o FIC, Festival Internacional da Canção de onde surgiam vários outros valores da musica popular bacabalense. Dentre estes valores destacamos: Zé Lopes, Perboire Ribeiro, Marcos Boa Fé, Marcos Maranhão, Assis Viola e Raimundinho que gravaram os discos: Nossa Voz I (1992) e Nossa Voz II (1993).

Na musica religiosa citamos o grupo Jovens de Adonai que gravaram o primeiro CD (Igreja Porta Aberta) e Ludimila Amaral que já gravou dois CD’s (Igreja Batista).

Não podemos esquecer os vario interpretes e cantores da noite bacabalense como: Zeneide Miranda, Emanuel de Jesus, Francivaldo, além de grupos de Pagodes recém surgidos emnossa cidade: Compromisso, Marossamba, Anekssamba etc...

Bacaba, tem um grande destaque a nível nacional e internaciona no campo da musica, estamos falando do cantor, interprete, percussionista e compositor PAPETE – que já realizou shows em vários paises, inclusive no Japão. Entre as suas composições temos o famoso Boi da Lua.

 

LITERATURA

Ao longo dos anos são vários, os escritores, poetas, cordelistas que merecem destaque no campo literatura.

Um dos grandes vultos de nossa poesia foi Brasilino Miranda tido como o nosso maior expoente e precursor. Nascido em 1886, publicou várias obras, dentre elas “Bacabal por Dentro” e “Bacabal Moderno”.

Merece destaque os escritores: Zé Lopes, Paulo Campos, Cavalcante, Abel Carvalho, Silva Tomas, Francisco Iremar, Márcia Gardênia, Costa Filho, Cícero Chaves, Iraneide Martins, Jakson Lago, Raimundo Sergio, Pedro Henrique e outros.

 

FESTAS E DANÇAS

BUMBA-BOI

A nível de Maranhão, o Bumba-boi é uma das maiores manifestações folclóricas populares do Maranhão, Bacabal não poderia ser diferente por estar  inserido nesse contexto. Os bois surgidos em nosso município foram resultados de uma herança cultural passada de pai para filho.

Hoje, Bacabal conta com dois tipos de bois, os tradicionais “Luz de Ouro”, “Boi de seu Bichinho”, etc. E os modernos “Curupira” e “Explendor-CAIC”.

FESTAS JUNINAS

Durante o mês de junho, é grande o numero de festa nos clubes, escolas, ruas, praças e avenidas. Nestas festas destacam-se os concursos de quadrilhas que em anos anteriores aconteciam no bairro da COHAB e hoje acontece no Centro Cultural “José Vieira Lins”. Algumas festas são tradicionais como a Festa do Sambo na Praça da Juçara, o Festejo e a Procissão fluvial de São Pedro no bairro Trizidela, organizado pela comunidade da Igreja de São Pedro e a Colônia de Pescadores Z30.

CARNAVAL

 O carnaval bacabalense já teve grande expressão no passado, com o surgimento das escolas de samba:

Salguerio do Samba Bairro da Trizidela, fundado por Duval, sua principal pexadora de samba era Zeneide Miranda.

Unidos do Bairro D’areia Bairro D’areia, fundadores Nonato Chaves e Jânio Chaves.

Estrela do Samba Fundada pelo Sindicato dos Arrumadores de Bacabal, segundo relatos a Escola mais antiga de nossa cidade a super campeã.

Carcará de Ouro Bairro do Ramal, fundada por Mirandinha, puxador Josa e compósitos Raimundo Sergio.

Unidos do Juçaral Bairro do Juçaral, fundada por Jacaré.

Asas do Samba Bairro Centro, fundada por Zé jardim, Zeca de Biluca e outros, puxadores eram Laurindo, Trindade, Gildasio, compositor José Jardim.

Boêmio do Samba Rua 28 de julho, fundada por Zezico e Dionizio Miranda.

O carnaval viveu um grande momento com os desfiles dessas escolas ocorridos durante o mandato do Prefeito João Alberto de Sousa e Jurandir Ferro do Lago.

Destacaram-se também os carnavais de Clubes como AABB, VANGUARD, UNIÃO e ICARAÍ, alem do carnaval de rua pelos blocos: a Turma do Pó, Lambe Copo, Jegue Elétrico, Turma que dá Choc. Temos ainda o Carnaval Fora de Época com os blocos: Os Lebres e Babaçu. O Carnaval do Povo geralmente acontecia na praça Cleômenes Falcão, hoje no Centro Cultural José Vieira Lins promovido pela prefeitura municipal.

 

FESTEJOS RELIGIOSOS

Merecem destaque os festejos de Santana, Santo Antonio, São Francisco, Santa Terezinha, Nossa Senhora de Fátima, São Raimundo e São Pedro.

Dentre os festejos de umbanda, o mais antigo era o da Sra. Bertoleza, hoje destacam-se os festejos de São Raimundo, João de Meeira, Príncipe Ariolino, dentre outros.

 

Fonte:

                Visão Histórica "Bacabal - MA"

Editores:

                Ana Marta R. Araújo

                Francisco C. V. Fernandes

                Gildeane F. Silva

                Iratan G. da Silva

                Karla Cristina dos S. Sousa

                Raimundo N. de Sousa

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