O poeta, trovador, escritor e historiador Raimundo Sérgio de Oliveira
Desde seu primeiro prefeito constitucional, Sr. Jorge José de Mendonça, até o atual, Bacabal já teve os prefeitos abaixo relacionados em número de 43, sendo que os senhores Jorge José de Mendonça e José Vieira Lins foram os únicos reeleitos.
Alguns nomeados outros como vice-prefeitos ou presidentes da câmara por imperativo das circunstâncias, exerceram o ambicioso cargo.
Estamos divulgando o nome de todos eles para que a população bacabalense por si mesma faça-lhes justiça, julgando-lhes os atos.
1º Jorge José de Mendonça(eleito)
2º Manuel Guimarães(eleito)
3º Jorge José de Mendonça(reeleito)
4º Raimundo Teles de Menezes(eleito)
5° Odorico Miranda Leal(vice em exercício)
6° Pedro José de Sousa(eleito)
7° Joaquim Ribeiro(eleito para terminar o exercício)
8º Manoel Campos Sousa(eleito)
9° Ranulfo Fernandes(nomeado)
10° José Maria Sousa(eleito)
11° Ranulfo Fernandes(nomeado)
12° Vicente Medeiros(nomeado)
13° Raimundo Marques(nomeado interinamente)
14° Belarmino Freire(nomeado)
15° Lauro Oliveira(nomeado)
16° Raimundo Ascenço Costa Ferreira(eleito)
17° Raimundo Santos(nomeado interinamente)
18° Francisco das Chagas Araújo(nomeado)
19° Euzébio Martins Trinta(eleito)
20° Lino Feitosa(nomeado)
21° Joaquim Paulo Gonçalves(nomeado)
22° Aristarco Martins(nomeado)
23° Alceu Pedreiras Martins(nomeado)
24° Euzébio Martins Trinta(nomeado)
25° Mariano José Couto(nomeado)
26° José Everton de Abreu(eleito)
27° Raimundo Trindade Vale(vice em exercício)
28° Frederico Leda(eleito)
29° João Gomes Vidal(presidente da câmara em exercício)
30° Antônio Pereira da Silva Neto(eleito)
31° Benedito de Carvalho Lago(eleito)
32° Carlos Alberto Dias Sardinha(eleito)
33° Manoel Quadros de Oliveira(vice eleito, assumiu para terminar mandato)
34° Francisco Coelho Dias(eleito)
35° Juarez Alves de Almeida(eleito)
36° José de Sousa e Silva Filho(eleito)
37° Raimunda Ramos Loiola(eleito)
38° João Alberto Sousa(eleito)
39º Jurandir Ferro do Lago(vice em exercício para terminar o mandato)
40° Jocimar Alves de Sousa(eleito)
41° José Vieira Lins(eleito)
42° José Vieira Lins(reeleito)
43° Raimundo Nonato Lisboa(eleito)
SÍNTESE
Aos 376 anos depois da descoberta das terras brasileiras, o nosso querido país, o Brasil, é que começou o desbravamento da mata virgem onde é a nossa grande Bacabal.
Conforme dados estatísticos, informações dadas pelo saudoso e competente Fabrício Gonçalves de Morais, natural de São Luís Gonzaga, Maranhão, cidade mãe e município pai de Bacabal - ma, que foi por muitos anos o chefe do IBGE desta cidade, que com muito cuidado e interesse, cooperou de maneira brilhante e de boa vontade com muitos dados sobre a fundação da cidade de Bacabal, desde as primeiras pessoas que aqui vieram para desbravar a mata.
A informação que nada contradiz, é que no ano de 1876, chegou à região, em busca de terras apropriadas para a agricultura, o coronel Lourenço da Silva, e fundou fazenda com sede no local onde é atualmente a Praça Nossa Senhora da Conceição, cuja casa ainda existe, e fica entre o Sindicato dos Arrumadores de Bacabal, e o Salão paroquial, que ficam ao lado esquerdo da Igreja de Santa Teresinha, e que é conservada pela diretoria da Igreja, com a mesma fachada e modelo como foi feita pelo coronel Lourenço da Silva. Para conservá-la, os padres refizeram as paredes de tijolos, e mudaram também a madeira do teto, mas sempre procurando ser fiel ao formato original, de maneira que essa preciosa lembrança dos primeiros anos de Bacabal possa permanecer por muitos anos. Nesta casa, atualmente, a Igreja mantém suas atividades religiosas e sociais, sempre contando com grande apoio da população de Bacabal, que desta forma está sempre prestigiando a casa símbolo dessa boa parte da nossa pátria Brasil.
Também ainda existe o primeiro mercado de Bacabal, que é ligado a Igreja de Santa Teresinha, onde atualmente é utilizado para atividades da Igreja.
Informa-se também, que com a abolição da escravatura, o coronel Lourenço da Silva deixa de figurar como dono da fazenda. O que se informa daí em diante, é que a mencionada fazenda foi comprada por um senhor que também era coronel, de nome Raimundo Alves de Abreu. Com a aquisição da propriedade por Raimundo Alves de Abreu, passou a ser chamada de Sítio dos Abreus.
Pela fertilidade do terreno, o sítio prosperou rapidamente e foi grande a imigração, principalmente pelos nordestinos, que muito contribuíram para o desenvolvimento agrícola, motivo pelo qual foi providenciada a instalação do telégrafo, que instalou-se em abril de 1885, na casa da fazenda.
Em 1920, o lugarejo recebeu foros de distrito e autonomia municipal, seu topônimo, deveu-se a grande quantidade Bacaba(coco selvagem) existente na localidade quando de sua fundação.
Em 17 de abril de 1920, a Lei Estadual no° 932 criou o distrito e o município de Bacabal, com território desmembrado do município de São Luis Gonzaga. A instalação em 7 de setembro do mesmo ano de 1920.
MUNICÍPIOS DESMEMBRADOS DE BACABAL
Bacabal é desde a sua fundação, município – distrito sofreu desmembramento, só em 1961 foram criados os seguintes municípios:
Pela Lei de n° 2.157, de 29 de novembro foi criado o município de Lago Verde.
Pela Lei de n° 2.158, de 30 de novembro foi criado o município de Olho D’água das Cunhas.
Pela Lei n° 2.170 de 26 de dezembro foi criado o município de São Mateus do Maranhão.
Nos últimos anos, Bacabal perdeu mais um grande parte do seu município, com o desmembramento do município de Bom Lugar, tirado totalmente de Bacabal, e ainda alguns povoados de Bacabal, que passaram a pertencer ao município de Alto Alegre do Maranhão.
INICIO DO PROGRESSO DE BACABAL
Quando vim para Bacabal, era prefeito municipal o senhor Frederico Leda, o Seu Leda, como era bem conhecido, homem decente, paciente e prudente. Fizemos logo de início contato político. Por ele eu fui nomeado funcionário público municipal, e, também, a seu pedido, fui nomeado funcionário do Estado, quando era governador José de Matos Carvalho, e seu secretário de finanças Ivar Figueiredo Saldanha.
Por interesse do senhor Frederico Leda, fui convidado a pertencer a um partido político, o Partido Trabalhista Brasileiro(PTB), e em 1958, fui convidado ainda pelo mesmo Leda, para ser candidato a vereador. Fui eleito por três(03) legislaturas consecutivas,tendo tomado pose do primeiro mandato em 9 de agosto de 1959.
Por eu haver gostado de Bacabal tomei interesse em saber suas origens, e a medida do possível, adquiri o que passo a informar aos caros leitores, algumas coisas eu ainda vi, outras tenho obtido conversando com o povo, e outras em alguns escritos, mas sempre com muito cuidado para não me afastar da realidade.
Como já disse, sou radicado com o Mearim, desde os primeiros anos de 1950, tendo mudado com a família para esta cidade em 1952, antes eu estava auxiliando o trabalho evangélico da Igreja Assembléia de Deus, mas com a família no povoado Marmorana, município de São Luis Gonzaga, que na época, por força da Lei, passou a ser Ipixuna, que só mais tarde voltou ao primitivo nome de São Luis Gonzaga.
Vejam caros leitores, conforme dados do IBGE a população de Bacabal no ano de 1950 era de 54.949 habitantes, dez anos depois, passou para 108.186 habitantes, um crescimento de 96,9%, sendo 55.920 homens e 52.266 mulheres, de acordo com o censo de 1.960, um aumento nunca visto, que teve início na administração do prefeito Frederico Leda, seguido de João Gomes Vidal, que como presidente da câmara municipal, assumiu o cargo de prefeito por um período razoável, e em seguida foi administração do prefeito Dr. Antônio Pereira da Silva Neto, daí em diante Bacabal se agigantou, foi o tempo do arroz, do algodão, que já vinha despontando como muita esperança de progresso, valia a pena, dava gosto de se ver o movimento das grandes usinas, a partir das usinas que existem ali por perto da Igreja de Santa Teresinha até o Ramal, o que me inspirou para escrever uma trovas que serviram de enredo para a escola de samba, Carcará de Ouro, dirigida na época, pelo nosso amigo Francisco das Chagas Miranda Mendes,, o Cabo Chaguinha, hoje um dos mais conceituados contabilistas, com sede nesta cidade.
Nas trovas falam do movimento que passou e também dos filhos desta terra que foram em frente com atividades diversas.
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