Rogério Alves: de super a babão

Rogério Alves, advogado - De super ministro, posto Ipiranga a babão de Bolsonaro, Paulo Guedes está comprometido na sua capacidade de solucionar o descontrole dos preços agrícolas. Desde o início do ano, o arroz subiu 19,25% e o feijão aumentou 30%. Um absurdo, pois a inflação anual é de 2,44%.
Tudo começou quando Guedes defendeu o dólar a 5 reais. Atraídos pelos melhores preços internacionais, os agricultores exportaram o que podiam, sobretudo para a China.
Depois veio a pandemia e, no mercado interno, a demanda explodiu porque a classe média passou a cozinhar mais em casa e os mais pobres aumentaram o poder de compra devido ao auxílio emergencial de R$ 600.
Moral da história: os preços dispararam. E o que fizeram Bolsonaro e Guedes?
Estão brincando de ser popular com a criação do “Renda Brasil”.
Para Bolsonaro tudo bem, pois não tem história e a sua biografia vai está sempre ligada ao populismo que o elegeu, mas para Paulo Guedes, economista com carreira internacional vinculada ao modelo liberal de economia, é um desastre pertencer a um governo que não controla gastos e ainda flerta com a estatização das obras de governo.

O governo tem um projeto de destruição ambiental.
Nabhan Garcia, Secretário de Assuntos Fundiários 
O presidente se associou a todo tipo de criminoso ambiental, como os garimpeiros, por exemplo. Ele acredita que a questão é ideológica e que meio ambiente é bandeira da esquerda. A questão das terras indígenas, a sabotagem da regularização, tudo era compromisso que ele tinha com grupos de grileiros e garimpeiros ilegais, desde a época de campanha.
Agora a gente vê 10 milhões de hectares sendo grilados oficialmente com a inoperância do governo. São terras indígenas e reservas extrativistas. São áreas de proteção sendo ocupadas em todo o País.
No seu compromisso com a destruição, Bolsonaro nomeou o ex-presidente da UDR Nabhan Garcia, para a Secretaria de Assuntos Fundiários. Esse cara está sempre ao lado do presidente quando ele vai fazer alguma maldade. É o responsável pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR) e pelos Planos de Recuperação Ambiental (PRA). Ele vem sabotando a regularização, prevista no Código Florestal aprovado pelos ruralistas. O Nabhan quer acabar com as terras públicas.
O Ministério perdeu o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), desmontou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovárias (Ibama), o ICMBio, desmontou a si próprio e não diz mais a que veio. Perdeu o acordo do Fundo Amazônia e acabou com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que é talvez o maior problema que ele arrumou até hoje. Ao acabar com o Conselho, ele desestruturou o sistema.
Não tem mais o que fechar, nada mais funciona. Leia outros artigos do advogado Rogério Alves clicando AQUI.

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