Guilherme Henrique: Uma outra visão para os 99 anos



Guilherme Henrique, empresário - De seus jardins desmataram as bacabeiras, de seus pastos o bumba meu Boi, Curupira e outros.
Mas como em toda cadeia algumas espécies resistem ao passar do tempo. Espécies que trazem consigo um ego insaciável e uma fome incontrolável de poder, causando assim um grande desequilíbrio não só na fauna, como também naquela que um dia foi batizada por Princesa do Mearim.
‘Pegar, matar e comer’ causa tamanho descontrole em uma cadeia alimentar, pois quando chega o tempo da invernada o sertão não tem mais roça queimada, mesmo assim ele não vai morrer de fome. Alguém poderá está procurando algum sentido nesta tentativa de ligação entre cadeia alimentar e 99 anos...
Talvez não tenha sentido algum, mas será que existe ligação ou sentido entre todo mundo aqui é corrupto, isso vem de Cabral!? A resposta poderá ser dada com aquilo que ainda nos resta: esperança, pois esta deve ser imortal, não podemos mudar o começo, mas podemos escrever novos capítulos e manter a esperança renovada.
a quase centenária Princesa do Mearim anda com a confiança e seu potencial desacreditado por estes que ainda resistem e aqueles que apenas observam, pois não sabem o que já representei e que ao mesmo tempo hoje me entristece, lembrar a minha emancipação politica já não me causa a mesma sensação de outrora, pois um laço umbilical que há quase cem anos atrás foi cortado agora, ‘incirurgicamente’ insiste em querer nos unir novamente, parece querer nos ligar...
Motivos para comemorar, estes ficaram para trás assim como o meu tempo de glória, assim como minhas indústrias, assim como meus carnavais, assim como meus parques, clubes e, também, meu respeito; a nostalgia me consome e me leva a lembrar que já estivemos ‘nas mãos do povo’ e agora as lembranças nos fazem perceber quem um mal teria que ser necessário, assim como um câncer que te amedronta no primeiro momento, mas quando a cura é alcançada você aprende que mesmo na dor você conseguirá tirar alguma lição. E assim como um paciente que já esta em estado delicado e sua equipe medica decide por um tubo endotraqueal, estamos neste momento... sem nenhuma certeza, sem nenhuma esperança e, porque não dizer, sem nenhum rumo?!
Mas, afinal o que nos resta para celebrarmos?
Talvez a estupidez humana, talvez o descaso com a educação, talvez a falta de cultura, talvez o que nos resta é a certeza de que dias melhores virão, talvez a esperança de que algum dia a nossa desacreditada Princesa do Mearim retome o seu valor e reconhecimento que lhe foi tirado...
Que deixemos de ser uma espécie de tribo onde ainda predominam alguns caciques e que de seus campos venham bons frutos e, quem sabe um dia, possa vir também a esperança com o pulso firme para lutar pelo seu povo, um povo que ainda insiste em sonhar e que na falta deste tenta, também, esquecer que um dia as curvas do Senhor Mearim também não foram respeitadas.
Portanto, será que realmente aprendemos muito nesses anos, será que ainda vai dar tudo certo?
Espero que sim, pois a nossa querida e ‘amada’ Bacabal não poderá mais caminhar para um caminho ‘cemternada’!
A conquista de uma cidade não existe só na palavra; é preciso treinar corretamente seus valorosos soldados!

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