Lourival Cunha: SOS Vida participa com os alcoólicos anônimos de ação em faixa de pedestres

Lourival Cunha, engenheiro e advogado - A SOS VIDA participou enquanto parceira de uma ação educativa em faixa de pedestre, no dia 10/06/25 na Av. Guajajaras, no bairro do Tirirical em São Luís. A ação foi organizada pelos Alcoólicos Anônimos.


A ação consistiu na orientação verbal dos pedestres, na exposição de faixas e distribuição de panfletos educativos.

IDOSOS NO TRÂNSITO: OS DESAFIOS DE QUEM DIRIGE (OU ATRAVESSA A RUA) NA TERCEIRA IDADE
A capacidade de dirigir pode se manter por muitos anos, mas com o tempo, o corpo passa por transformações que impactam diretamente a condução. Foto: PantherMediaSeller para Depositphotos

Envelhecer exige adaptações também na mobilidade urbana. Saiba quais são os principais riscos enfrentados por motoristas e pedestres idosos — e o que diz a legislação brasileira.

Com o aumento da expectativa de vida, o número de idosos em circulação nas cidades também cresce. Conforme dados do IBGE, o Brasil tem mais de 30 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, e essa parcela da população está cada vez mais ativa — inclusive no trânsito.

Porém, o avanço da idade traz mudanças físicas e cognitivas que exigem atenção tanto de quem dirige quanto de quem caminha pelas ruas. A segurança viária da pessoa idosa não depende apenas dela, mas de um sistema que reconheça suas necessidades e promova acessibilidade, respeito e prevenção.

Os riscos enfrentados por motoristas idosos
A capacidade de dirigir pode se manter por muitos anos, mas com o tempo, o corpo passa por transformações que impactam diretamente a condução:
ü Redução da acuidade visual e auditiva;
ü Diminuição dos reflexos e da coordenação motora;
ü Problemas osteomusculares que afetam o movimento e a força;
ü Uso de medicamentos que podem causar sonolência ou confusão mental;
ü Maior vulnerabilidade a doenças crônicas e fadiga.

De acordo com o especialista em trânsito Celso Mariano, é fundamental reconhecer que essas mudanças não significam necessariamente que o idoso esteja inapto para dirigir, mas sim que ele precisa de avaliações periódicas, acompanhamento e, muitas vezes, pequenas adaptações na rotina de condução.

“O envelhecimento não é uma doença. Muitos idosos são excelentes condutores, com grande experiência e cautela. O que precisamos é garantir que eles tenham suporte e que o ambiente urbano esteja adequado à sua realidade”, explica Mariano.

Exames médicos mais frequentes a partir dos 70 anos
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que motoristas com 70 anos ou mais devem renovar a CNH a cada 3 anos — e passar por exames médicos e psicológicos. Antes dessa idade, o prazo de validade da habilitação é de até 10 anos, dependendo da categoria e da avaliação médica.

A avaliação médica inclui testes de visão, audição, coordenação motora e atenção, podendo haver restrições ou recomendações específicas, como:
ü Uso obrigatório de lentes corretivas;
ü Limitação para dirigir apenas durante o dia;
ü Proibição de dirigir em vias de grande fluxo.

Os riscos enfrentados por pedestres idosos
De acordo com o Atlas da Violência, a taxa de mortalidade por atropelamento entre idosos é proporcionalmente maior do que em outras faixas etárias. Isso acontece porque a capacidade de reação, mobilidade reduzida e fragilidade física tornam os idosos mais vulneráveis.

Entre os principais desafios enfrentados por pedestres da terceira idade estão:
ü Tempo insuficiente de semáforo para atravessar com segurança;
ü Calçadas irregulares ou com obstáculos;
ü Falta de sinalização adequada;
ü Desrespeito de condutores a faixas e limites de velocidade.

A cidade que não oferece infraestrutura segura para os idosos acaba limitando a autonomia e aumentando o risco de acidentes.

O papel da educação para o trânsito
Uma cidade segura para o idoso é uma cidade segura para todos. Promover o respeito à mobilidade da pessoa idosa exige um esforço coletivo: condutores, poder público, urbanistas e a própria sociedade.

“A presença de idosos no trânsito é um sinal positivo de envelhecimento ativo, mas precisamos ajustar o sistema viário e promover a empatia. Educação para o trânsito não é apenas para quem dirige — é para todos”, destaca Celso Mariano.

Ações educativas que conscientizem sobre a prioridade dos idosos na travessia, o respeito à faixa de pedestre, a paciência no trânsito e a importância de oferecer ajuda a quem precisa caminhar com mais calma são fundamentais.

Dicas para promover a segurança da pessoa idosa no trânsito
Para motoristas idosos:
ü Faça exames periódicos de saúde e respeite os prazos da CNH;
ü Evite dirigir à noite ou em situações de estresse e cansaço;
ü Mantenha os óculos ou aparelhos auditivos em boas condições;
ü Prefira rotas conhecidas e evite horários de pico;
ü Esteja atento aos efeitos colaterais de medicamentos.

Para pedestres idosos:
Atravessar sempre na faixa, mesmo que o trajeto fique mais longo;
Usar bengalas, andadores ou acessórios de apoio, se necessário;
Evitar distrações como celular durante a travessia;
Pedir ajuda ao atravessar vias de grande movimento;
Usar roupas claras ou refletivas, principalmente à noite.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (Lei nº 9.503/97)
Art. 181. Estacionar o veículo:
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou idosos, sem credencial que comprove tal condição:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de trânsito aplicará a penalidade preferencialmente após a remoção do veículo.

A VIOLÊNCIA DO TRÂNSITO TEM JEITO, é só as autoridades implementarem os remédios eficazes: Educação para o Trânsito, Fiscalização ampla e rigorosa e uma boa Infraestrutura das vias.
Leia semanalmente a coluna SOS Vida na edição impressa dos sábados do Jornal O Imparcial
Facebook: campanha SOS Vida
Instagram: sosvidapaznotransito
X: @valorizacaovida

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem