Caminhada conscientiza foliões bacabalenses sobre doenças sexualmente transmissíveis, entre elas às IST/HIV e Hepatites Virais


Assecom Semus - Festa das mais populares do mundo, o carnaval é também momento em que as pessoas ficam mais vulneráveis às doenças sexualmente transmissíveis, entre elas às IST/HIV e Hepatites Virais. Para alertar sobre este risco, a Secretaria Municipal de Saúde de Bacabal (Semus), realizou na manha de hoje, 01 de março, Caminhada de Prevenção às IST/HIV e Hepatites Virais.
Coordenada pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), a caminhada contou com a participação de segmentos da própria Semus, como a Atenção Básica de Saúde (ABS), e de outras pastas da estrutura administrativa do município, como a Secretaria de Juventude. A Secretaria de Cultura cedeu a Banda Santa Cecília, que transformou a caminhada em uma grande festa, como pede o período momesco.

Intitulada 'Antes do Durante Pense no Depois', a ação constou da distribuição de preservativos e percorreu as principais ruas do centro da cidade, tendo como ponto de partida a Praça Bispo Dom Pascásio Rettler - antiga Praça do Campo de Pouso - e como ponto de culminância a Praça Silva Neto. As equipes envolvidas fizeram a distribuição do material para os transeuntes, entre estes ciclistas, motociclistas motoristas e pedestres, e, também, para clientes e funcionários das lojas e comércios.
“Na empolgação da comemoração, as pessoas têm o costume de se excederem, principalmente no uso abusivo do álcool, tornando-se bem mais vulneráveis às doenças sexualmente transmissíveis e à AIDS”, disse a Centro de Testagem e Aconselhamento, Ana Paula Paiva.

Números

Estima-se que 830 mil pessoas vivem com o HIV. De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids divulgado no final do ano passado, a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção de casos de aids em torno de 18,5 casos a cada 100 mil habitantes, em 2016. Isso representa 40,9 mil casos novos, em média, no último cinco anos.
O Brasil apresentou, em 2016, queda de 5,2% dos casos de taxa de detecção de aids em relação a 2015, com 18,5 registros para cada grupo de 100 mil habitantes em relação a 2015 (19,5 casos). Já a mortalidade apresenta redução desde 2014, passando de 5,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2014 para 5,2 casos, em 2016.

Em relação à faixa etária, a taxa de detecção quase triplicou entre os homens de 15 a 19 anos, passando de 2,4 casos por 100 mil habitantes, em 2006, para 6,7 casos em 2016. Entre os com 20 a 24 anos, passou de 16 casos de aids por 100 mil habitantes, em 2006, para 33,9 casos em 2016. Já nas mulheres, houve aumento da doença entre 15 a 19 anos - passou de 3,6 casos para 4,1.
Quanto à forma de transmissão, a doença cresce entre homens que fazem sexo com homens, mudando o perfil, nos últimos 10 anos, quando a proporção maior de caso era de transmissão heterossexual. Na comparação a 2006, observa-se aumento de 33% nos casos de transmissão de homens que fazem sexo com homens.

Dolutegravir

Atualmente, o SUS disponibiliza às pessoas vivendo com HIV o medicamento dolutegravir, considerado como o melhor tratamento contra o HIV/aids no mundo. Cerca de 300 mil pacientes portadores do vírus receberam o tratamento em 2018. O novo medicamento apresenta um nível muito baixo de eventos adversos, o que é importante para os pacientes que devem tomar o medicamento todos os dias, para o resto da vida. Com menos eventos adversos, os pacientes terão melhor adesão e maior sucesso no tratamento.

Com informações da Agência Saúde

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem