Pesquisa destaca cinco coisas que todo mundo precisa saber sobre o futuro do jornalismo

Pensar o futuro do jornalismo atento aos sinais do presente. O Reuters Instituto divulgou na última semana um relatório com informações importantes para esse exercício. O documento destaca cinco coisas que todo mundo precisa saber a esse respeito.
Portal Imprensa - Intitulado “Mais importante, mas menos robusto? Cinco coisas que todo mundo precisa saber sobre o futuro do jornalismo”, o estudo chama a atenção para os riscos representados pelo crescimento na desigualdade informacional, além de problemas em modelos de negócios e a importância das plataformas de mídias sociais neste processo.

Os cinco tópicos destacados pelos pesquisadores são:
1 – Mudamos de um mundo onde as organizações de mídia eram guardiãs da verdade informativa para outro no qual a mídia ainda produz a agenda de notícias, mas as empresas de plataforma controlam o acesso ao público;
2 – A mudança para mídia digital multiplica as fontes de informação acessadas pelas pessoas, mesmo que bolhas de filtro funcionem como câmaras de eco de notícias e pensamentos;
3 – O jornalismo está perdendo a batalha pela atenção das pessoas e, em alguns países, pela confiança do público. Isso tem reflexos diretos na audiência e frequência de acessos diários às notícias;
4 – Os modelos de negócios que financiam as notícias muitas vezes enfraquecem o jornalismo profissional, deixando a mídia mais vulnerável a pressões comerciais e políticas;
5 – Com a era digital, a notícia nunca esteve tão diversificada e o melhor jornalismo, em muitos casos, melhor do que nunca, tendo como objeto desde os políticos mais poderosos até as maiores empresas privadas.
Os pesquisadores indicam, contudo, que apesar de demandar atenção e adaptações, o setor ainda tem perspectivas abertas por vários motivos.
“A mídia digital traz muitos desafios para o jornalismo e nossas sociedades, mas também oportunidades muito reais tanto para a mídia quanto para o público. O desafio para jornalistas e mídias de notícias é continuar a se adaptar à mídia digital e construir uma profissão e um negócio”, destacou Rasmus Kleis Nielsen, diretor do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo.
“O papel do jornalismo em muitos casos diferentes, incluindo o movimento #metoo, no confronto com a corrupção entre funcionários públicos e no fomento ao debate público em torno das práticas de poder e privacidade das plataformas, ressaltam a relevância contínua do jornalismo investigativo”, acrescentou Meera Selva, coautora da pesquisa. Acesse a íntegra do relatório. (em inglês).

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