Antônio Melo: A Seca chegou ao Planalto


Antônio Melo: A esquerda sem calangos
Antônio Melo
Jornalista

Bolsonaro ainda hoje acha que a ditadura militar não existiu. Se vivia a maior democracia, naqueles tempos. Disse no programa Roda Viva.

Ciro Gomes, com aquela sua diplomacia política de bode do sertão cearense solto em cristaleira, poderia até ser uma solução para a Presidência da República. Mas não é não. Com os bofes quentes, imagine como reagiria numa crise com outro país. A Argentina, por exemplo. Aqui dentro, precisa imaginar não que a gente já conhece o jeitão do moço.

Marina Silva parece ter trocado o encanto de ex-seringueira contaminada por mercúrio, pelo fardão do político tradicional em busca de uma causa onde pendurar o seu discurso cansado. Anda meio capenga. Nem mesmo o charme de ambientalista tem mais. A novidade ficou velha.

Geraldo Alckmin... bem, é Geraldo Alckmin. Nada de novo. Não empolga, não aglutina, e nem mesmo como acupunturista encontrou a manha para dar uma agulhada certeira no eleitorado.

Henrique Meirelles é um financista respeitado. Foi presidente mundial do Banco de Boston. Sabe fazer dinheiro, fazer crescer o negócio bancário, dar uma freada na inflação. Mas não soube criar empregos. Segurou os preços com as rédeas da recessão, atrelada a uma economia estagnada puxando um povo cada vez mais pobre.

Manoela Dávila é bonitinha. Mas, vem cá... falando sério, ela é candidata mesmo? Alguém

acredita? Nem mesmo Flávio Dino, o único governador (Maranhão) do PCdoB, partido da Manuela, diz que apoia ela. Dino largou Lula ligeirinho e agora tenta fazer andar a caravana de Ciro Gomes, não estando nem aí para os encantos da bela Manuela. O governador comunista quer que as esquerdas abandonem o projeto Lula e mergulhem e se deixem seduzir pelo charme político do ex-marido de Patrícia Pillar. E Manuela? Bem, Flávio Dino, pragmático, abriu mão do dogmatismo comunista e da fidelidade à candidata do seu partido. Já não se fazem mais comunistas como os de antigamente.

E Lula, hein? Bem, este está preso no aquário da Polícia Federal dizendo-se candidato a presidente. Pode ser devaneio, mas mesmo assim, a direita assustada anda tendo crises de urticária só em ouvir falar do assunto.

Agora eu acho que numa coisa você vai concordar comigo: ô safrinha ruim a dessa eleição. A fazenda Brasil está vivendo sua maior seca. Do Oiapoque ao Chuí, né não?

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