Dodó Alves: Mais de 500 ratos no Congresso Nacional...


“I - No Congresso Nacional, eu fiquei estupefato, quando pulou para fora de uma caixa de sapato uma família composta de mais de 500 ratos.
II - Rato branco, rato preto, o pai e a mãe do rato, o rato ruim e o bom, o revoltoso e o pacato para verem o tesoureiro depondo na lava jato.
III - Tinha rato de batina, vi um rato de trabuco, um rato todo engomado, outro drogado e maluco, um rato gordo paulista e um magro de Pernambuco.
IV - Surgiu um rato baiano de passado pefelista, que era da ala direita da agremiação carlista, usando um broche vermelho, dizendo: ”Samo petista!”.
V - Saltou um rato perneta, cunhado de Ferrabraz, que já foi ladrão de bodes lá pelas Minas Gerais, defendendo o monopólio pra sempre da Petrobrás.
VI - Cento e vinte de gravatas, cinquenta de paletó, oitenta cafetinando, vinte cheirando loló, a metade camuflando a bufunfaria do pó.
VII - Um rato disse: “Eu sou demo!”; dois disseram: “Eu sou PT!”. Chegou um rato peitudo, líder do MDB, que já mandou na Arena e ainda manda em você.
VIII - Havia um rato com emenda pronta para apresentar, trocou numa lata de doce das bandas do Paraná.
IX - Tinha um rato disfarçado, com penas a esvoaçar, dizendo que era da base mais firme parlamentar descobriu: era um tucano querendo se aproveitar.
X - Os ratos se esparramaram na paisagem e na mobília, depois que comeram o queijo,
num lauto almoço em família, sumiram pelos buracos na imensidão de Brasília!”.


Por Claudson Alves Oliveira
(Dodó Alves)
oliveiraclaudson2009@hotmail.com


Fonte: Diário do Poder – Autor Miguezim de Princesa Brasília - Distrito Federal - Brasil, 49 anos – Cordel, poesias, duetos, trovas e sonetos.

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