


O local foi a sede da ACIB-Associação Comunitária Itaqui-Bacanga, no bairro Anjo da Guarda, em São Luís-MA.
A reunião teve como foco principal a mobilização de pessoas e entidades para participação no evento.
A grande manifestação, como todos os anos, ocorrerá no terceiro domingo de novembro, que neste ano será dia 16/11/25.
FROTA DE VEÍCULOS DE BACABAL EM AGOSTO DE 2025
LOCAL |
TOTAL |
AUTOMÓVEIS |
MOTOCI-CLETAS E MOTONETAS |
BACABAL |
50.885 |
8.617 |
35.556 (69,87%) |
Fonte: https://www.gov.br/transportes/pt-br/assuntos/transito/conteudo-Senatran/estatisticas-frota-de-veiculos-senatran
NO DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL, ESTUDO ALERTA PARA IMPACTO DAS EMOÇÕES NA VIOLÊNCIA DO TRÂNSITO BRASILEIRO

Pesquisa do Observatório Nacional de Segurança Viária aponta que estresse, ansiedade e raiva contribuem para acidentes e conflitos, e propõe metodologia inovadora para prevenção.
No Dia Mundial da Saúde Mental, o Brasil continua figurando entre os países com o trânsito mais violento e letal do continente, um reflexo que vai muito além da infraestrutura ou da fiscalização.
Um estudo conduzido por Rodrigo Ramalho, pesquisador e observador do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), revela que a saúde mental dos brasileiros desempenha papel crucial na violência no trânsito.
Conforme o pesquisador, dados alarmantes ilustram a dimensão do problema: o país lidera o ranking mundial de ansiedade, com 9,3% da população afetada, e ocupa a última posição no índice de bem-estar mental global.
Essa combinação se reflete diretamente nas ruas, onde, de acordo com a pesquisa World Mental Health Day 2024, realizada pela Ipsos, o Brasil aparece como o 4º país mais estressado do mundo.
“Quando analisamos os acidentes causados por fatores humanos, encontramos sempre uma emoção negativa como ponto de partida”, afirma Ramalho.
Emoções em rota de colisão com a segurança viária
O estudo “Violência no trânsito: emoções negativas dos condutores impactam a segurança viária, causam conflitos e afetam a saúde física e mental de toda a sociedade”, publicado pelo OBSERVATÓRIO, mostra que o trânsito brasileiro se tornou um espelho da saúde mental coletiva.
Ansiedade, raiva e estresse se manifestam em comportamentos de risco, desencadeando uma cadeia que vai de infrações a acidentes e conflitos violentos, afetando diretamente a saúde física e mental de todos os envolvidos.
De acordo com a pesquisa, tanto emoções básicas, como medo e raiva, quanto emocionalidades complexas, como depressão e agressividade, interferem decisivamente na forma como condutores se comportam.
Um congestionamento ou o medo de se atrasar podem disparar gatilhos emocionais que aumentam a impaciência, frustração e agressividade, culminando em infrações e acidentes.
“Apesar de os condutores estarem utilizando o ‘cérebro operacional’ para guiar o veículo, nos momentos de tensão, quem conduz é a emoção”, explica Ramalho.
Brigas de trânsito como epidemia silenciosa
O estudo destaca que o “analfabetismo emocional” no trânsito vai além dos acidentes. Embora faltem estatísticas oficiais, uma busca rápida no Google retorna 353 mil menções a “briga de trânsito”.
Pesquisas com condutores brasileiros indicam que 43% já tiveram um ataque de fúria no trânsito assim como 45% presenciaram brigas, muitas envolvendo armas de fogo.
O fenômeno não é exclusivo do Brasil. Nos Estados Unidos, conhecido como road rage, uma pessoa é baleada a cada 18 horas em conflitos no trânsito, segundo o Every Town Gun Safety.
Ramalho alerta que o aumento de cerca de um milhão de armas vendidas legalmente nos últimos cinco anos, conforme dados do Exército Brasileiro, pode elevar ainda mais a letalidade desses conflitos.
Casos emblemáticos, como o assassinato do motociclista Luan Henrique Bonifácio, em março de 2024, mostram como a raiva no trânsito pode desencadear um ciclo de violência que se perpetua, atingindo não apenas as vítimas diretas, mas familiares e testemunhas.
Impactos físicos e mentais do trânsito
O estudo também aponta como a exposição prolongada ao trânsito afeta a saúde.
De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI, 2023), 55% dos trabalhadores afirmam que a qualidade de vida é impactada pelo tempo gasto no transporte, e 51% relatam redução da produtividade.
Profissionais do volante enfrentam riscos ainda maiores. Motoristas de ônibus com depressão ou ansiedade têm três vezes mais chances de se envolver em acidentes.
Do ponto de vista físico, 37% apresentam hipertensão, 24% síndrome metabólica, e 27,5% vivem em estado de estresse clínico.
O cortisol crônico, liberado pelo estresse constante, pode reduzir áreas do cérebro responsáveis pela memória e controle emocional, além de favorecer obesidade, hipertensão, diabetes e até Síndrome de Cushing, explica Ramalho.
Educação Emocional no Trânsito: uma metodologia inovadora
Diante desse cenário, o ONSV e Rodrigo Ramalho propõem a Educação Emocional no Trânsito (EET) como uma estratégia de prevenção da violência viária.
Ou seja, a metodologia busca desenvolver habilidades emocionais para todos os usuários das vias — motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres — e atuar na prevenção de infrações, acidentes e conflitos violentos.
“Não adianta apenas ensinar leis e regras se não ajudamos as pessoas a lidarem com saúde mental no trânsito”, ressalta Ramalho.
O movimento busca integrar a EET à formação de condutores bem como promover campanhas, palestras e material educativo para conscientizar a sociedade sobre os riscos das emoções negativas no trânsito.
O objetivo é transformar a segurança viária em um espaço de harmonia, prevenção e cuidado com a saúde mental. Fonte: https://www.portaldotransito.com.br
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (lei n. 9.503/97)
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações:
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar sinistros;
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
A VIOLÊNCIA DO TRÂNSITO TEM JEITO, é só as autoridades implementarem os remédios eficazes: Educação para o Trânsito, Fiscalização ampla e rigorosa e uma boa Infraestrutura das vias.Leia semanalmente a coluna SOS Vida na edição impressa dos sábados do Jornal O Imparcial
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