Homenagem

Ribamar Corrêa, repórter tempo - A Assembleia Legislativa entregou ontem a Medalha Manoel Beckman, a sua maior honraria, aos ministros Isabel Gallotti e Teodoro Santos, do Superior Tribunal de Justiça, ao desembargador federal Flávio Gamboji (TRF-6) e ao ministro Walton Rodrigues do Tribunal de Contas da União. As concessões resultaram de proposta feita em 2024 pelo então deputado Roberto Costa (MDB), hoje prefeito de Bacabal e presidente da Famem. A entrega se deu em sessão solene presidida pela chefe do Poder Legislativo, deputada Iracema Vale (ainda no PSB), na presença do prefeito Roberto Costa, do ministro Reynaldo Fonseca (STJ), do desembargador-presidente Froz Sobrinho (TJ), do desembargador-presidente do TRE-MA Paulo Velten, do presidente do TCE, da presidente do TRT, desembargadora Márcia Farias, conselheiro Daniel Brandão, da deputada Viviane Silva (PDT), procuradora da Mulher da Alema, do conselheiro federal da OAB, Tiago Diaz, os deputados Florêncio Neto (PSB) e Fernando Braide (PSD), e convidados, majoritariamente ligados ao Poder Judiciário.

Autor da homenagem aos magistrados, Roberto Costa fala da missão de ser prefeito
Roberto Costa: homenagem a magistrados e experiência como prefeito

Autor das proposições que resultaram na homenagem às quatro personalidades do Poder Judiciário federal, o hoje prefeito Roberto Costa (MDB) surpreendeu ao falar na sessão solene de ontem. Em vez de saudar os homenageados com discurso laudatório, ele preferiu agradecer a presença deles, e à Assembleia Legislativa por haver aprovado suas propostas, reafirmando a convicção de que os quatros são merecedores da homenagem.

Mas, em vez de fazer um discurso festejando os homenageados, Roberto Costa preferiu mudar o roteiro tradicional e falar da experiência que está vivendo como prefeito depois de viver quase 15 anos como deputado estadual. Sem dourar a pílula, ele falou da realidade ao dizer aos presentes o que está descobrindo no dia a dia da gestão municipal.

– Tenho a missão de administrar Bacabal, uma cidade com mais de 100 mil habitantes. Nada tem me ensinado mais na vida do que esses oito meses como prefeito de uma cidade onde você tem a responsabilidade de cuidar da vida das pessoas – declarou.

E narrou um uma situação que vivera na noite anterior, Ele estava em casa, “onde eu me preparava para vir para essa solenidade”. À noite, quando lhe chegou a informação de que um incêndio numa clínica médica da prefeitura. “Imaginem como fica a cabeça e o coração de um prefeito numa situação assim. Felizmente, não foi nada grave”.

E contou outro episódio, este mais destinado aos ministros laureados, para mostrar que prefeitos às vezes são colocados entre a vida e a legalidade. Aconteceu que uma mulher sofreu um AVC, precisava ser transportada para São Luís, mas não havia ambulâncias disponíveis, salvo duas recém recebidas, mas que não estavam emplacadas.

– Entre a vida e a ilegalidade, preferi a vida – declarou, ou seja, mandou usar a ambulância sem placas, explicando que um gestor comprometido com sua missão às vezes se defronta com esse tipo de problema.

E encerrou sua fala lembrando os homenageados que a Medalha Manoel Beckman representa a resistência, a resiliência e o ideal de justiça do povo do Maranhão.

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