Roberto Costa lidera, Rildo Amaral na frente, Rafael vive incerteza, Ana do Gás em vantagem, e Solange Almeida, Wellington do Curso e Yglésio Moises sem chance
Ribamar Corrêa, repórter tempo - Com exceção de Roberto Costa (MDB), que lidera com margem segura a disputa pela Prefeitura de Bacabal, os outros sete deputados estaduais que decidiram disputar os comandos dos seus municípios não estão sendo bem-sucedidos nas suas empreitadas eleitorais. Rildo Amaral (PP), que disputa em Imperatriz está à frente da corrida, onde deverá enfrentar um segundo turno; Rafael (PSB), briga palmo a palmo pela liderança em Timon; Solange Almeida (PL) tenta reagir na corrida em Santa Inês; Ana do Gás (PCdoB) se desdobra para chegar à Prefeitura de Santo Antônio dos Lopes; e Wellington do Curso (Novo) e Yglésio Moises (PRTB) vivem situação dramática entre os últimos da corrida em São Luís. São Situações diferentes, que podem resultar em sucesso relativo ou em fracasso absoluto.
O deputado Roberto Costa lidera com larga vantagem a corrida em Bacabal (103 mil habitantes). Mas essa liderança tem uma explicação lógica. Além de dedicar a quase totalidade das ações do seu mandato parlamentar a Bacabal, Roberto Costa conseguiu um feito inédito: unir as principais forçar políticas do município, incluindo o grupo do prefeito Edvan Brandão (PSB), que tem o deputado estadual (?) Brandão (PSB) e o grupo Florêncio, hoje liderado pelo deputado estadual Florêncio Neto. Essa cuidadosa e eficiente tessitura, além da força do seu próprio grupo, tem o apoio do ex-governador João Alberto (MDB). Com a experiência de quem foi candidato em 2016 contra o poderoso grupo liderado pelo ex-prefeito Zé Vieira (PR) e de ter sido o principal avalista da reeleição do prefeito Edvan Brandão, Roberto Costa caminha para uma eleição segura e politicamente consistente.
O deputado estadual Rildo Amaral lidera a corrida em Imperatriz (274 mil habitantes), onde disputa a ida para o segundo turno com Josivaldo JP (PSD), e num patamar mais distante, com Mariana Carvalho (Republicanos). Rildo Amaral tem o apoio do ministro do Esporte André Fufuca, que comanda o PP no Maranhão. O candidato do PP saiu na frente, mas vem enfrentando o crescimento de Josivaldo JP. A situação ficou mais complicada depois que Imperatriz entrou para o time de cidades com 200 mil eleitores e, com isso, pode decidir suas eleições de prefeito em dois turnos, caso nenhum dos candidatos obtenha mais 50% dos votos no primeiro turno. As pesquisas mais recentes indicam que Rildo Amaral vai para o segundo turno.
O deputado Rafael (ex-Leitoa), do PSB, iniciou sua corrida à Prefeitura de Timon (183 mil habitantes) como favorito, enfrentando a prefeita Dinair Veloso (PDT), que pleiteia a reeleição. A situação de Rafael começou a se complicar depois que o PT, que em princípio o apoiaria, decidiu, por orientação da direção nacional, apoiar a atual prefeita, num acordo articulado em Brasília pelo senador Weverton Rocha, chefe do PDT no Maranhão. No momento, o PSB, comandado no Maranhão pelo governador Carlos Brandão, concentra esforços visando a eleição do deputado Rafael, enquanto o PT e o PDT intensificam o apoio à prefeita Dinair Veloso. Ali, a situação é incerta.
No terceiro mandato, a deputada Ana do Gás (PCdoB) decidiu dar uma guinada ao se candidatar à Prefeitura de Santo Antônio dos Lopes (14 mil habitantes), que é a sua principal base eleitoral e onde seu marido, foi prefeito. Ana do Gás está inteiramente dedicada à sua campanha, enfrentando uma mulher, Cibelle Napoleão (PL). As informações indicam que se trata de uma disputa dura, a começar pelo fato de que Santo Antônio dos Lopes vem ganhando estatura econômica como produtor de gás natural.
Já a deputada Solange Almeida (PL) vem mantendo a segunda posição na disputa pela Prefeitura de Santa Inês (90 mil habitantes), onde, segundo todas as pesquisas, a liderança está com o prefeito Felipe dos Pneus (PP), que caminha para a reeleição. A deputada poderá ser beneficiada se o ex-prefeito Valdivino Cabral (MDB) for retirado da disputa. No momento, porém, sua eleição é uma hipótese remota devido à força da candidatura do prefeito.
A situação mais complicada é a dos deputados Wellington do Curso e Yglésio Moises, que lideram o time de candidatos à Prefeitura de São Luís (1,2 milhão de habitantes) sem qualquer chance de eleição. Sabendo-se que, por causa dos seus partidos, o Novo e o PRTB, respectivamente, que não têm representação mínima exigida por lei no Congresso Nacional, ficam impedidos de ter acesso ao horário eleitoral gratuito no Rádio e na TV. Devem terminar a disputa no terceiro e quarto lugares, mas bem distante de uma disputa polarizada entre o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o deputado federal Duarte Jr..
São esses os cenários que envolvem os deputados estaduais que estão na guerra eleitoral por prefeituras.