Até sexta-feira (17), representantes da Polícia Federal e da UFMS vão testar sistemas de votação e apuração com os aprimoramentos feitos pelo TSE

Vale destacar que, no Teste de Urna de novembro, nenhuma ofensiva de especialistas em computação conseguiu comprometer a integridade e o sigilo do voto. Apesar disso, a Comissão Avaliadora do evento recomendou a repetição de cinco planos de testes executados por instituições. O objetivo é constatar se o que foi encontrado no TPS foi devidamente corrigido para as Eleições Municipais 2024, marcadas para os dias 6 e 27 de outubro (1º e 2º turno, respectivamente).
Urnas 2020 e 2022
Durante o Teste de Confirmação, serão executados os firmwares (programas de controle do hardware) e as mídias dos modelos 2022 e 2020 da urna eletrônica.
Serão testados:
Gerenciador de Dados, Aplicativos e Interface com a Urna Eletrônica;
Software de Carga;
Software de Votação;
Sistema de Apuração;
Kit JE-Connect; entre outros.
Quem participa?
Participam da segunda fase do Teste da Urna os grupos compostos por investigadoras e investigadores da Polícia Federal e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Também estarão presentes sete pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Os acadêmicos darão suporte às investigadoras e aos investigadores durante a execução dos planos de reteste.
Polícia Federal
A Polícia Federal vai replicar três dos seis testes executados em 2023, quando a entidade verificou:uma inconsistência no processo de inicialização, com uma mensagem não prevista exibida na tela da urna;
um comportamento imprevisto no procedimento de carga (no caso, verificará se o ponto foi devidamente tratado pelo TSE).
O órgão também tentará realizar um novo acesso à área em que ficam os sistemas utilizados nos computadores que apoiam a preparação das urnas eletrônicas.
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) propôs duas contribuições para a evolução de sistemas eleitorais. Os integrantes do grupo analisarão se as sugestões de melhoria foram incorporadas aos sistemas.
Serão repetidos pelos representantes da universidade os testes:de análise do sistema de controle de acesso envolvendo a linguagem de programação Python no software JE-Connect, usado na transmissão dos dados para totalização (soma) no TSE;
dos Subsistemas de Instalação e Segurança (SIS) e dos privilégios de aplicativos executados nas estações de trabalho.
Cobertura da Imprensa
Jornalistas e veículos de imprensa interessados em acompanhar o evento deverão se dirigir à sala A-348, localizada no 3º andar do edifício-sede do TSE. Não há necessidade de credenciamento prévio para a cobertura.
As fotografias de cada dia do teste poderão ser baixadas pelo Flickr do TSE. Os vídeos estarão disponíveis no canal do Tribunal no YouTube.
Sobre o Teste da Urna
O Teste de Segurança da Urna, que ocorre desde 2009, é voltado para especialistas com interesse em colaborar com a Justiça Eleitoral no aprimoramento dos sistemas eletrônicos de votação e apuração das eleições, bem como contribuir para o fortalecimento da democracia.
Em 2023, o evento ocorreu de 27 de novembro a 2 de dezembro. Na ocasião, os especialistas em computação inscritos estiveram no Tribunal para executar os planos de teste aprovados. Antes, as participantes e os participantes tiveram acesso ao código-fonte da urna para subsidiar os planos colocados em prática no TPS.
Recordes registrados
Em 2023, O Teste de Urna registrou 85 pré-inscritos, o maior número de todos os anos. O evento contou com a participação de 33 investigadoras e investigadores, que executaram 35 planos.
A participação feminina foi outro marco da sétima edição da iniciativa do TSE: do total de 33 participantes que efetivamente executaram planos de teste, seis foram mulheres, sendo duas investigadoras individuais e quatro que atuaram em equipes.