Durante todo o governo Bolsonaro se mirou na Venezuela como um exemplo de má gestão da esquerda.
Rogério Alves, advogado - Vou mostrar uma outra versão para sua reflexão. A quatro anos atrás a oposição venezuelana decidiu instalar um “governo paralelo” e proclamar Juan Guaidó “presidente interino”, na tentativa de destituir Nicolás Maduro.
Na tentativa de desestabilizar Maduro, os EUA e a União Europeia, como se jogassem Banco Imobiliário, entregaram a Guaidó a administração de bilhões de dólares pertencentes ao país, decisão que aprofundou a crise humanitária, ao lado das duras sanções econômicas. Mas é evidente que a ditadura de Maduro não pode ser isentada de responsabilidade e não se pode apagar todas as mazelas de um regime autoritário, mas pode explicar como um país extremamente rico, com imensas reservas de petróleo, não consegue superar uma crise financeira.
E QUEM É O PRESIDENTE DA VENEZUELA?
Para a surpresa geral, os principais partidos opositores do chavismo decidiram “destituir” Guaidó, incapaz de se firmar como uma opção real de poder e em baixa entre os eleitores (sua aprovação desde 2019 caiu de 60% para 20%).
O “impeachment” coincide com o fim de mandato de Jair Bolsonaro no Brasil, último apoiador do “governo paralelo” nas Américas. Antes dele, saíram de cena os outros três pilares da aventura: Donald Trump, nos Estados Unidos, Mauricio Macri, na Argentina, e Iván Duque, na Colômbia.
Infelizmente, o faz de conta custou caro aos venezuelanos.
Entre os objetivos diplomáticos de Lula está a reincorporação da Venezuela nos acordos sub-regionais, o que só é possível se os vizinhos aceitarem as regras democráticas. Na virada do ano, o presidente Maduro fez um aceno a Joe Biden: declarou-se pronto a retomar as relações diplomáticas com os EUA.
INTRIGAS NO VATICANO.
Ex-secretário de Bento XVI lança livro com bastidores e acusações ao papa Francisco.
Nunca escondi de ninguém que política e religião são meus assuntos prediletos, dentre muitos outros assuntos interessantes. E quando se mistura política e igreja então, vira uma novela imperdível.
Ex-secretário do falecido papa emérito Bento XVI, o alemão Georg Gänswein, de 66 anos, lançou um livro em que expõe bastidores do Vaticano – Chamado "Nada além da verdade. Minha vida com Bento XVI"
Ainda estou procurando a publicação em português, mas os comentários são de que Gänswein mostra claro recentimento contra Francisco que teria tirado seus poderes do cargo de prefeito da Casa Pontifícia da Santa Sé.
“A partir de hoje, fique em casa. Acompanhe Bento que precisa de você e aja como um escudo”.
Quando Gänswein contou a Bento XVI o que havia acontecido, ele respondeu:
“Aparentemente, o papa Francisco não confia mais em mim e fez de você meu vigia”.
O Vaticano não reagiu oficialmente às críticas ao papa argentino – amplamente divulgadas na imprensa internacional –, mas, o ex-secretário foi convocado para uma audiência a portas fechadas com Francisco.
Após a morte de Bento XVI no último dia de 2022 aos 95 anos, há dúvidas sobre o futuro do ex-secretário. Principalmente após a publicação, é muito improvável que ele volte a exercer plenamente o cargo de prefeito da Casa Pontifícia, indicam fontes do Vaticano.
Algumas pessoas dizem que o pontífice argentino poderia nomear Gänswein como embaixador, com o objetivo de afastá-lo da Santa Sé e de suas intrigas. Outras possíveis opções são deixar o Vaticano para lecionar em uma universidade católica no exterior ou retornar à sua Alemanha natal.
O ex-secretário já deixou o mosteiro de Mater Ecclesiae nesta quinta-feira, 12. Segundo a mídia católica alemã, no dia do enterro de Bento XVI, Gänswein recebeu uma carta assinada pelo próprio papa Francisco informando-o de que deveria deixar o mosteiro até 1º de fevereiro. Com informações de EFE e AFP.
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