Lourival Cunha Souza, engenheiro - A Prefeitura de Curitiba, no Paraná, há algum tempo, deu início a um projeto de padronizar em 50 km/h a velocidade máxima na maior parte das ruas da cidade.
1. Velocidade menor, menos acidentes
A velocidade inadequada praticada pelos motoristas contribui para grande parte das mortes registradas no trânsito de Curitiba. A observação, feita pela comissão de análise de dados do Programa Vida no Trânsito (PVT), mostra que a velocidade ocupou o segundo lugar entre os principais fatores que levaram aos acidentes fatais, atrás do fator álcool.
2. Menor gravidade das ocorrências registradas
Quanto maior a velocidade, menos o motorista tem tempo para parar e evitar o acidente. Esta conclusão é unânime entre os estudos técnicos, simulados e avaliação de acidentes reais ocorridos no mundo todo e chancelados pela Organização Mundial da Saúde (OMS): um carro viajando a 50 km/h precisa de 13 metros para parar enquanto um carro viajando a 40km/h pode parar por menos de 8,5 metros.
3. Proteção das pessoas
Com velocidades menores, as ruas se tornam mais tranquilas para quem caminha, corre, pedala e convive no espaço público, que é de todos. A proteção de crianças, idosos e pessoas com dificuldade de locomoção aumenta.
4. Mobilidade ativa
A rua não é só para o carro. As estratégias da Prefeitura para garantir a mobilidade ativa e segura na cidade já estavam definidas em planejamento coordenado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e ganharam novo fôlego com o advento da pandemia da covid-19, sempre respeitando os critérios estabelecidos pelas autoridades sanitárias.
5. Cidade menos poluída
Veículos em velocidades menores contribuem para menos emissão de poluentes no ar, melhorando a qualidade de vida assim como a relação com a paisagem urbana.
Com menos buzinaço, menos fechadas no trânsito e menos aceleradas, diminui ainda a poluição sonora, que pode aumentar o estresse, provocar insônia e depressão.
6. Velocidade menor, é “Vida no Trânsito”
De acordo com a Setran, Curitiba participa do Programa Vida no Trânsito (PVT), denominação no Brasil do Projeto Road Safety in Ten Countries (ou “RS-10”), voltado à redução das mortes e lesões causadas no trânsito.
7. O conceito de “Visão Zero”
Outra iniciativa mundial, o Visão Zero nasceu na Suécia, no ano de 1997. Curitiba aderiu à proposta que tem a premissa de que nenhuma morte no trânsito é aceitável assim como é necessário que a responsabilidade seja compartilhada entre usuários das vias, gestores e técnicos que executam os projetos de intervenção nas ruas.
8. Menos congestionamentos
Um argumento comum às críticas feitas ao projeto de redução de velocidade é que isso contribuiria para um trânsito mais lento. No entanto, a realidade é outra e pode, inclusive, diminuir a formação de congestionamentos.
E é sempre bom lembrar: o tempo total num trajeto, ganho ao se pisar no acelerador por poucos segundos a cada trecho, é mínimo se comparado aos riscos da perda de uma vida.
9. Mobilidade segura
A redução de velocidade não caminha de forma isolada. Em outras palavras, além da ampliação da estrutura cicloviária, de incentivo à ocupação do espaço urbano, vias mais seguras passam por intervenções constantes, junto com revitalização do asfalto e sinalização de trânsito adequadas.
10. Menos estresse e mais economia
Com menos riscos bem como mais segurança, o motorista se irrita menos. E, com menos aceleradas e freadas bruscas, o consumo de combustível diminui, gerando menos custos de deslocamento. Fonte: portaldotransito.com.br
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (Lei nº 9.503/97)
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá efetuar ultrapassagem.
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