Zé Lopes, intérprete, compositor, poeta e escritor - E lá se foram 30 anos, ou mais, se conferirmos uns três ou quatro que passamos "ralando" para nos mostrar e firmar como artistas. Era uma época em que estudávamos e nas férias nos reuníamos à noite na praça da Bavepel para mostrar, ao som do violão, o que aprendemos nos "vigus", nos discos ou mesmo nas aulas do velho professor Tchaka. Éramos muitos: Eu, Abel Carvalho, Otávio Filho, Osvaldino Pinho, Antônio Trabulsi Sobrinho, João Sobrinho, João Teixeira, Zeca Louro, Márcio Noleto, Raimundinho, Assisinho, Licio, Luciano, Miltão, Paulo Campos, Lourinho Vieira, Galego, Henrique Franklin, Ezrael Nunes, Pericles, Jorge Campos, Chico Pitu, Riba Chaves, Jânio Chaves, Welman, Erivelton, dentre outros que sempre marcavam presença para uma dose de cachaça e um tira-gosto de limão, limãozinho, carambola e outros azedos improvisos.
Anos depois o dever chamou, muitos se formaram, tomaram seus rumos, a cidade em plena ebulição evolutiva estava aberta para novos empreendimentos. Daí veio a Rádio Mirante FM sob o comando de Hidalgo Neto.
Com uma vida noturna bastante agitada e a cultura carente, Fran Cruz, recém formado, trazendo de São Luís a ideia de fazer um Bumba-Meu-Boi se reuniu com os artistas para compor as Toadas. A coisa foi tomando forma, as ideias postas na mesa e veio a de fazermos shows em prol do Boizinho Bacaba. Dirigidos e produzidos por Abel Carvalho, Louremar Fernandes e Paulo Campos, aconteceram quatro shows, Zé Lopes e Marcus Maranhão, Assis Viola e Perboire Ribeiro, Raimundinho e Marcos Boa Fé e por último o "Nossa Voz", com os seis artistas, sempre finalizado com o Pagode do grupo Os Lamas, sob a batuta de Antônio Carlos.
Com o sucesso dos eventos, veio a ideia da gravação do vinil, o que aconteceu com a largada do, então, deputado estadual Clodomir Filho, e apoio de muitos amigos. Viajamos para São Luís, entramos no Studio RA e entre muitos períodos, concluímos o trabalho com produção e direção musical do baixista Pitomba e do guitarrista Pepê Júnior. Ainda participaram desse importante trabalho o pianista Marcelo Carvalho, o tecladista e acordeonista Eliezio, o guitarrista Edinho Bastos, o percussionista Jeca.
O vinil foi lançado em 1992 com muito sucesso, na Associação Atlética Vanguard, com apresentação dos locutores Natinho Mix e Cláudio Cavalcante.
Trinta anos depois, com a morte de Raimundinho, o quinteto resolveu comemorar a data com o Show Nossa Voz 30 Anos, que acontecerá na noite de hoje, na AABB- Associação Atléticoa Banco do Brasil em Bacabal. Logo após o show, a festa ficará por conta de Pepê Júnior e Banda, que além de tocar as novidades, fará uma passagem musical pelos ritmos que dominaram as baladas nesses trinta anos.
A banda que acompanhará Assis Viola, Marcos Boa Fé, Marcus Maranhão, Perboire Ribeiro e Zé Lopes, é formada por Yago Macedo - Guitarra e produção, Ytalo Bruno - contrabaixo, Edmilson Filho - bateria, Helmer Pinheiro - teclados e Adevilson Cabral - violão aço e guitarra.
Para o show acontecer, foi elaborado um projeto sem cunho político, apenas cultural e antes das convenções partidárias, nos deram aquele apoio cultural o deputado estadual Roberto Costa, o deputado federal João Marcelo, Estelmo da Alfaville, Rafael Leitoa, Coronel Egídio e Davi Brandão.
Recebemos o patrocínio do Governo do Estado do Maranhão em parceria com a Secretaria de Cultura na pessoa do Secretário Paulo Victor, Prefeitura Municipal de Bacabal através do prefeito Edvan Brandão, Eterno Senador João Alberto, Leonardo Lacerda, Dr. Otávio Pinho, Prof. Jerry Ibiapina, Dr. Osvaldino Pinho, Dr. Erivelton Lago, Dr. Adriano Bartolomeu (ABF Energia), Jura Filho, Jonathas Carvalho "Bola", Ivane Ramos, Dr Emílio Carvalho, Hermano Nogueira, Dr. Almir Júnior - (SAAE), Marcos Miranda, Dr. Niber Junior, Dr. Franilson Gleen, Dr. Roberto Bringel, Dr José Carlos Reis, Marcos Brito, César Brito, Elicio Motta ( Grupo Motagro), Gonçalim (GRS Ambiental), Grupo Plínio Oliveira, César e Claudia Leite (Construnorte), Celso Filho (Construcenter) Arquimedes Frasão (Espaço Ciência), Jhonny Kilde, Vereadora Natália Duda, Rômulo (Mix Construtora).
Como parte do nosso marketing procuramos artistas que direta ou indiretamente estiveram conosco quando do surgimento do projeto, músicos que fizeram o disco, poetas, influencers, radialistas, comunicadores, nomes da mais alta elite cultural como Chico Lacerda, Chico Saldanha, Marcelo Carvalho, Edinho Bastos, Zé Paulo, Alberto Trabulsi, Otávio Pinho, César Roberto, Manoel Baião de Dois, Tom Cleber, George Gomes, Osvaldino Pinho, Flávio Xavier, Tânia Tomaz, Pedrinho Dantas, Serginho Barreto, Kleber Lima, Gerude, Erasmo Dibel, Mazé Veras, Daffé, César Nascimento, Chiquinho França, Gil Estrela, Betto Pereira, Augustinho Junior, Josias Sobrinho, Tutuca, Gerude, Stanley, Gilvan Mocidade, Negro Lindo, Jomarcos, Masa Pagodinho, Chico Viola, Natinho Mix, Salomão Duarte, Bizoro Pagodinho, Dayse Caroline, Ellen Rose, Wildmarck Corrêa, Edvaldo Santos, Dannya Mello, Maestro Victor Paraiba, Murilo Mesquita.
A produção do "Nossa Voz 30 Anos" agradece a toda imprensa falada, televisada e escrita pela maciça divulgação : Salomão Duarte, Jota Erre, Ray Lima, Samuel David, Randydon Laércio, Nilson Olivetti, Zezinho Casanova, Vanessa Serra e Gutemberg Bogea ( Jornal Pequeno), Cristiano Linhares, Badauê, Sérgio Mathias, Edmilson Moura, Josa e também a todos que curtiram e compartilharam as nossas publicações nas redes sociais.
Não foi fácil chegar até aqui, recebemos muitos "sim", recebemos muitos "não" e também, a tradicional promessa e o inevitável "silêncio " como resposta. Isso tudo era previsto e não nos espantou tampouco nos desestimulou. Corremos atrás, conseguimos montar a festa, uma produção cara, atração de peso e muita adrenalina.
Hoje Bacabal terá uma festa para ficar gravada na sua história, talvez o maior evento musico/cultural de todos os tempos, trinta anos de um projeto que mudou a vida da cidade, onde seis aventureiros, mais três produtores, empurrados por patrocínios e colaboradores, conseguiram mostrar suas vozes para o mundo em um vinil intitulado Nossa Voz. E para encerrar, a frase épica do grande poeta Paulo Campos, "Uma cidade sem história um povo sem cultura é como um filho sem pai ".
Pois é, parece que foi ontem mas já se vão 30 anos, e a nossa voz não se calou, continua a agradar hoje e para todos os séculos e séculos sem fim.