Rogério Alves: Apontando para quem...

UM VENDEDOR DE VACINA DENUNCIOU PEDIDO DE PROPINA NO MINISTÉRIO DA SAÚDE E O GOVERNO DEMITIU O SERVIDOR.
Rogério Alves, advogado - O governo Bolsonaro está cada dia mais parecido com o governo Lula.O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta abriu uma sindicância para apurar as denúncias de propina na compra de vacinas contra a Covid-19. O diretor de Logística, Roberto Ferreira Dias, apontado como um dos responsáveis por supostamente pedir US$1 por dose da vacina AstraZeneca, foi exonerado do cargo.
“Está sendo apurado. Nós instauramos uma sindicância que vai trazer conclusões. Mas enquanto isso, de maneira cautelar, nós afastamos”, afirmou Queiroga.
É a primeira vez que o governo federal admite a existência de corrupção na gestão Bolsonaro. Questionado se já tinha conhecimento de outros servidores que poderiam estar envolvidos no suposto esquema, o ministro negou.
“Não se sabe de possíveis servidores. O que nós fizemos foi o que cabia à oportunidade”, declarou.
O certo é que a mancha da corrupção retira uma das últimas bandeiras do governo Bolsonaro, restando-lhe apenas a defesa dos interesses da pátria (só não se sabe qual o interesse, já que educação não é prioridade, a saúde está um caos com a pandemia, a cultura não existe e a economia ainda não disse para que veio).

VOCÊ ACREDITA EM UM STF INDEPENDENTE
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou nesta semana que indicará o advogado-geral da União, André Mendonça, para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).
Um ministro do STF precisa preencher condições previstas no art. 101 da Constituição: ser natural do Brasil e ter entre 35 e 65 anos de idade, além de "notável saber jurídico e reputação ilibada"....
Todos os requisitos acima citados estão presentes na pessoa de Mendonça, portanto, do ponto de vista legal, não há que se questionar a sua nomeação, porém, uma imagem fala mais do que mil palavras.
Na sua posse como ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça se disse um"servo" e fez um discurso elogioso ao presidente Jair Bolsonaro, a quem se referiu como"profeta no combate à criminalidade”. A subserviência do “terrivelmente evangélico” é tão evidente que qualquer comentário fica redundante.
Bem, mas nenhum bolsonarista deve se envergonhar disso não. Isso é notação na política e já foi assim no passado, em que presidentes nomearam seus parentes ou seus advogados para o cargo. É só você pesquisar um pouco (AQUI) que vai ter algum argumento para defender o “mito”.
Só não pode falar de “nova política” viu...
Caso seja confirmado, Mendonça assumirá uma cadeira na Corte no lugar do ministro Marco Aurélio Mello, que vai se aposentar no próximo dia 12 e encerrar uma carreira de 31 anos no tribunal. A decisão, no entanto, não cabe apenas ao presidente: para ser empossado no STF, Mendonça precisará da aprovação da maioria do Senado Federal, mas isso já é jogo de carta marcada. As emendas do orçamento que o digam.
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