Zé Lopes: Terça-feira de carnaval, cinzas e muita chuva.

Zé Lopes, poeta, compositor e cantor - E nós, que sempre fomos criados na cultura do carnaval, vivemos o bastante pra ver a terça feira gorda em um silêncio ensurdecedor, e o dia frio nos faz fechar os olhos e voltar no tempo.
Blocos, escolas, turmas, clubes, barracões, bandas, baterias, fanfarras, fantasias, concursos e o pó, Maizena, confete, serpentina, viraram artigos do ontem, e o hoje é pandemia, onde uma vacina politizada não dá nenhuma certeza do normal, que vem 'viraluzada' de novo normal.
Álcool em gel tomou o espaço do velho álcool bebível, e nas mãos não dá barato e nem embriaga. A cloroquina, a ivermectina e a azitromicina, substituíram o velho e bom Engov, o Xantinon e o Metiocolin. No tem mais cheiro de Loló, Lança Perfume e Rodor, a máscara anti momesca impediu o tontinho e o zuuuummm, e estamos cada vez mais tristes e isolados dentro de uma atipicidade cheia de contaminação e morte.
Saudades de tudo que fizemos em prol do Zé Pereira, dos imensos carnavais, dos clarins, dos sujos, dos mascarados, fofões e foliões com suas fantasias tradicionais, radicais, engraçadas e até muitas vezes bizarras.
Saudades dos sambas de Zé Jardim, Laurindo, Tôca, Pedro Paulo, Durval, Coletor, Evilazio, Paulo Campos, Abel Carvalho, das Marchinhas de Dió, Masa, Perboire Ribeiro, Walter Corrêa, Brasilino Miranda. Era um Bacabal folião, era uma época festiva, mas que hoje desandou é nem esperou a quarta feira oficial. Continue a leitura clicando AQUI.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem