Ministério audita, recomenda e Semus capacita agentes da Atenção Básica

 
Assecom Bacabal - Uma equipe formada por quatro auditores do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Maranhão realizou, no segundo semestre de 2018, na secretaria municipal de saúde de Bacabal, auditoria referente ao período de janeiro de 2017 a junho de 2018 – intervalo que compreende o governo do ex-prefeito José Vieira Lins – e ao período de junho a setembro de 2018 – intervalo que compreende a gestão do prefeito em exercício Edvan Brandão de Farias – que teve como escopo as ações desenvolvidas pelo núcleo da Atenção Básica de Saúde (ABS), concernente aos serviços utilizados pelos pacientes diabéticos e hipertensos da rede Sistema Único de Saúde (SUS).
“A auditoria visou fazer o levantamento de dados e informações sobre o atendimento deste público,” explicou o coordenador da equipe, Augusto Enéas Pereira Frazão Neto.
Ao secretário municipal de saúde, farmacêutico bioquímico Silas Duarte de Oliveira, foi solicitado e, in loco, concedeu todas as informações sobre o atendimento deste público e a quantidade de profissionais médicos nas Unidades Básicas de Saúde, gerenciamento da entrega de medicamentos na Central de Abastecimento Farmacêutico, número de hipertensos e diabéticos com 18 anos ou mais, relação de pessoas com hipertensão arterial sistêmica (HAS) e/ou Diabetes Mellitius (DM), atendidas pelo serviço de reabilitação; relação de usuários hipertensos e diabéticos com necessidade de acompanhamento domiciliar, dentre outros itens que foram auditados.
Como resultado da auditoria a equipe do Ministério da saúde apontou a necessidade da realização de capacitação, visando melhorar os serviços prestados na Atenção Primária, assim como a implantação pela Semus de Protocolos de Atendimento.
Nesse sentido, o secretário Silas Duarte de Oliveira, determinou, e foi realizado sexta-feira, 25 de janeiro, no auditório da escola Reis Magos, o I Ciclo dessa capacitação, envolvendo todo o setor da Atenção Básica do município de Bacabal. O Ciclo foi coordenado pela secretaria adjunta da Atenção Básica, Eliziete Farias.
 
O que são?
Os protocolos são subsídios indispensáveis à tomada decisão no cotidiano da atenção à saúde, favorecendo que de norte a sul do país os profissionais contem com diretrizes harmônicas e explorem o potencial de toda a equipe de AB na promoção do cuidado integral. Os materiais devem ser constantemente avaliados de acordo com a realidade de aplicação, além de receber acompanhamento gerencial sistemático e revisões periódicas. Isso permite que o processo de trabalho seja um espaço de criação e renovação.
Os Protocolos da Atenção Básica têm abrangência nacional, por isso pode ser adotado na íntegra ou adaptado pelos gestores estaduais e municipais conforme as necessidades e particularidades regionais. Deve, ainda, ser utilizado de forma complementar a outras publicações do DAB, como os Cadernos de Atenção Básica. Os protocolos não têm como propósito abarcar todos os arranjos e práticas de cuidado em saúde, nem nos demais níveis de atenção, mas sim trazer ofertas para o fortalecimento dos serviços da AB.

Como são feitos?
O Ministério da Saúde tem como parceiro na elaboração do conteúdo dos Protocolos da Atenção Básica o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês (IEP/HSL), através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS). O processo de elaboração se deu por meio de oficinas de trabalho com trabalhadores de diferentes núcleos profissionais com experiência e conhecimento na AB. Os encontros são orientados por metodologias específicas com o objetivo de intensificar o aprofundamento nos temas da publicação e a criação de um formato que dialogue com a lógica do atendimento primário.
Para embasar o documento, são usadas referências bibliográficas que versam sobre práticas e saberes já consolidados no âmbito da Atenção Básica, isto é, tratam do cuidado em saúde considerando a perspectiva do usuário, da pessoa que busca da equipe de saúde, contemplando a organização do processo de trabalho sob a ótica da integralidade. O conteúdo dos Cadernos de Atenção Básica (CABs) também serve como ponto de partida para a elaboração desses materiais. Agregam-se aos CABs as diretrizes de políticas de saúde, com destaque para a PNAB, além de manuais, diretrizes, normas e notas técnicas, leis, portarias e outras publicações do MS. Além disso, são utilizadas evidências científicas de bases de dados nacionais e internacionais.
Após elaboração, é realizada a etapa de validação interna, que consiste em um processo de discussão do material na equipe interna de especialistas do IEP/HSL, em debate com os autores. Depois, validação externa com um conjunto de especialistas externos ao IEP/HSL – profissionais, gestores, professores – em saúde da família, medicina de família e comunidade (MFC) e especialidades relacionadas à temática em interface com a AB. Por último, a consulta pública, que é uma etapa de validação mais ampla, estendida a toda a sociedade civil, promovida a fim de garantir o aprimoramento do material elaborado pela equipe de produção.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem