PF pede ao Supremo para decidir se investigação sobre Aécio fica na Corte ou vai para 1ª instância

Senador do PSDB é alvo de inquérito que apura suposto pagamento de vantagens indevidas pela Odebrecht. STF decidiu que foro só vale para crimes cometidos no mandato e em função do cargo.
Por Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O delegado Marlon Cajado, da Polícia Federal, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que decida se uma investigação relacionada ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve ficar na Corte ou ser remetida à primeira instância da Justiça.

O pedido será analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator do processo, que não tem prazo para decidir.

Aécio é alvo de um inquérito que apura o suposto pagamento de vantagens indevidas pela Odebrecht a políticos, a pedido do tucano.

Desde que as delações de ex-integrantes da empreiteira se tornaram públicas, no ano passado, o senador do PSDB tem negado todas as acusações.

No pedido ao STF, Cajado ressalta que, no início deste mês, a Corte decidiu que o foro privilegiado de deputados federais e de senadores só vale para crimes cometidos durante o exercício do mandato e em função da atividade parlamentar.

"Reputa-se como importante, manifestação do Excelentíssimo Ministro Relator sobre o prosseguimento do presente feito perante o Supremo Tribunal Federal", escreveu o delegado no pedido.

O inquérito foi aberto com base nas delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht.

A suspeita é a de que a empreiteira fez repasses de vantagens indevidas, a pedido de Aécio, para as campanhas dele, do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), do ex-deputado Pimenta da Veiga (PSDB-MG) e do deputado Dimas Fabiano Toledo Júnior (PP-MG).

Prorrogação
No mesmo ofício enviado ao Supremo, o delegado da Polícia Federal pediu a prorrogação do prazo para analisar os dados que constam do sistema "Drousys" e do sistema de contabilidade paralela "My Web Day" para "permitir a produção de informações policiais e relatórios".

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