Antônio Melo: De boas e más notícias


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Antônio Melo
Jornalista

A Petrobras já é novamente a maior empresa do Brasil, pelo menos na Bolsa de Valores. Deixou na poeira a Ambev que, depois da crise da petroleira, havia assumido a primeira posição.

Uma grande notícia pelo menos para George Soros e todos os mega especuladores internacionais e nacionais que compraram mais de l bilhão de dólares em ações da Petrobras a 8,04 reais, no dia 31 de maio de 2015. Quinta feira, 10 de maio e menos de três anos depois, os papéis da petroleira foram vendidos a 25,75 reais. Três vezes mais. Acredita-se que essa alta leve a ação da Petrobras a vencer a barreira dos 30 reais, ainda este mês.


Enquanto isso a gasolina e o gás de cozinha não param de subir.

Esta é uma boa ou má notícia?

Dos porões para a história – A verdade não se cala. Assombra. Desmente versões. Destrói falsas reputações.

Papéis secretos da CIA, arquivados nos Estados Unidos , trazem um relatório de William Colbi, diretor do órgão de espionagem para o então secretário de estado americano Henry Kissinger, com a história que a nossa história não quer contar: os assassinatos políticos ocorridos durante a ditadura não foram coisas isoladas, insanidades de mentes deformadas. Foi uma política de estado, com pleno conhecimento e autorização dos ditadores de então que se diziam presidentes.

O documento narra reunião de Geisel, uma semana depois de assumir a presidência, com os generais Danton de Paula Avelino e Milton Tavares de Souza (o Miltinho) e ainda Figueiredo que viria ser o sucessor do novo presidente e na época chefiava o Serviço Nacional de Informações. No encontro Miltinho e Danton revelam que apenas no último ano de mandato de Médice, 104 “subversivos” foram sumariamente executados e que essa política precisava continuar. Depois de um fim de semana, Geisel autoriza que os assassinatos prossigam

O que mais espanta nas atuais revelações é saber que o estado brasileiro havia se transformado numa organização criminosa comandada pelos seus então presidentes-ditadores.

Espanta mais ainda que o Brasil, mesmo depois de 54 anos do golpe, não passe sua história à limpo; que não julgue os seus carrascos como fizeram e fazem Argentina, Peru, Uruguai.

Talvez por isso tenhamos hoje um candidato que defende esse período e a insensatez daquela época com suas restrições de liberdade, assassinatos e corrupção.

O segredo que protege aqueles anos trágicos e insensatos, resultado da impunidade, tem se revelado um péssimo exemplo para as gerações que não viveram aqueles anos.

E isso, com certeza, não é uma boa notícia.

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