
O município de Bacabal completará, em 17 de abril próximo, 98 anos de emancipação política e administrativa. E, durante este mês que finda, março, ganhou quase dois milhões de presente.
Na cidade a secretaria de Estado da 'infraestrutura' Indústria Comércio e Energia, então comandada pelo bacabalense Simplício Araújo, reformou o Aeroporto Regional Presidente Sarney usando um 'pouco' mais de meio milhão de reais.
Simplício promoveu reparos na estrutura de apoio, sinalização horizontal da pista, áreas verdes e manutenção de cerca patrimonial. Traduzindo: pintou o terminal e a pista, trocou os aparelhos sanitários, o arame da cerca e roçou o capim que estava muito alto.
Aqui não foi investido nenhum recurso na compra de equipamentos essenciais como rádios comunicadores e radares, e/ou, iluminação para pousos noturnos. E o fundamental: ninguém fala entre o azimute entre a pista do aeroporto e a torre da Embratel, problema que, de fato, impede o seu funcionamento.
Explicando: deram uma bela 'guaribada' no aeroporto ao custo de mais de meio milhão de reais.
O dinheiro 'investido' veio do Fundo de Desenvolvimento Industrial do Estado do Maranhão (FDI). E ele, Simplício, declarou: “Esse aeroporto estava praticamente abandonado e agora servirá como apoio para toda a região, inclusive para atração de investidores”.
Um milhão
O outro milhão será investido por quem tiver posses para estudar medicina em um curso de uma universidade particular, que poderá ser implantado no município, caso a prefeitura cumpra uma séria de exigências feitas pelo ministério de educação, entre elas a disponibilização de 300 leitos hospitalares, UTI's proporcionais a esse número e diversas especialidades médicas que Bacabal anda é longe de possuir, dentre outras e muitas prioridades.
E o anúncio da 'vinda' do curso de medicina tem tantos, e diversos pais, que nem os mais modernos exames de DNA são capazes de mostrar quem é o verdadeiro dono do sêmen.
A grande pergunta é: qual o grande benefício que um curso de medicina de uma faculdade particular traz para Bacabal?
A resposta é: Não traz nenhum prejuízo. Porém, apenas os possuidores do milhão que eu me referi acima poderão, efetivamente, usufruir deste 'benefício'.
Um milhão de reais é o custo atual para se bancar um curso particular de medicina. Poucos aqui podem bancar este valor, mas aqueles que hoje andam por Cuba, Bolívia, Paraguai e Argentina, seguramente terão um alívio tardio em suas contas.
Isso se o curso realmente for implantado em Bacabal.
Soma total: quase dois milhões.
Só para lembrar Zé Lopes...