Após massacre, Temer sugeriu meditação e repouso a policiais


Redação

No dia 2 de outubro de 1992, 111 pessoas moram assassinadas em 30 minutos© Fornecido por Catraca Livre No dia 2 de outubro de 1992, 111 pessoas moram assassinadas em 30 minutos
Neste domingo, o massacre do Carandiru completa 24 anos. E cinco dias após o episódio considerado pela ONU "uma das mais sérias violações aos direitos humanos", o atual presidente Michel Temer era nomeado secretário de Segurança do Estado de São Paulo. Ao assumir o cargo, o novo secretário recomendaria ao comando-geral da Polícia Militar repouso e meditação para os envolvidos no extermínio.
À época, Temer disse à reportagem: “Os militares envolvidos em confrontos como os do Pavilhão 9 da Casa de Detenção, em casos de perseguição, cercos, tiroteios, merecem repousar depois de ações como essas e ser submetidos a tratamento psicológicos. O choque do dia-a-dia é uma tarefa ingrata e eles precisam de repouso e meditação. Vou recomendar ao comando-geral da Polícia Militar esse tratamento“.
Em sua gestão, Temer afirmava prezar por uma conduta policial sem excessos, sem nunca descartar a violência. “Se a polícia for recebida com violência ela usará os mesmos métodos, pois a toda ação deverá responder de maneira igual, é, claro, sem excessos”, disse.
Recentemente, ainda durante o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, Temer relembrou sua atuação como secretário de Segurança. “Eu fui secretário de segurança pública duas vezes em São Paulo e tratava com bandido, então eu sei o que fazer com o governo.”
24 anos do maior extermínio televisionado da história 
Em 2 de outubro de 1992, a Polícia Militar de São Paulo invadiu o Pavilhão 9 da Casa de Detenção, durante uma rebelião. Para controlar os presos, a PM matou 111 presos. Os réus alegavam que os presos estavam armados. Eles foram condenados a penas que vão de 48 a 624 anos. Via Pragmatismo Político. 

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