Caráter maleável: Sarney dobrou João Alberto

Por: Leandro Miranda
Com edição


O senador João Alberto (PMDB) foi o único maranhense a mudar o seu voto em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ontem por 59 votos a 21, o plenário do Senado aprovou o relatório do senador Antonio Anastásia (PSDB-MG) que julga procedente a denúncia contra a presidenta por crime de responsabilidade. Agora o processo segue para julgamento final pelo plenário do Senado.

Depois de ser um dos principais defensores de Dilma, desde que Michel Temer (PMDB) assumiu a presidência, João Alberto foi convencido a mudar sua postura. O presidente interino manteve a prerrogativa de indicação ao “Carcará” de todos os cargos federais no Maranhão. O senador percebeu que a saída definitiva da presidenta afastada é questão de tempo e tratou de garantir seus benefícios. Constrangido, João Alberto, também votou “sim” e preferiu não justificar, evitando assim a tribuna.

Edison Lobão foi outro que evitou o discurso, apenas manteve o voto de “sim”. Ele ficou chateado com a presidente Dilma quando foi retirado do Ministério das Minas e Energia com a promessa de substituir Sarney na Presidência do Senado, o que não ocorreu.

Roberto Rocha foi o único a discursar e votou pela manutenção do processo. “Não estamos ainda julgando o mérito do processo, que será discutido posteriormente no Senado Federal. Meu voto favorável hoje cumpre sua função em dar sequência ao processo que precisa chegar a termo para o bem do país”.

Com a decisão, Dilma vira ré no processo de impeachment. Na última etapa, após o depoimento das testemunhas, os senadores decidirão pela condenação ou a absolvição de Dilma. Na fase final, é preciso o voto de 54 dos 81 senadores para confirmar o impedimento. As sessões de julgamento devem ser agendadas a partir do dia 25 de agosto.

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