Eliseu Padilha: 'Sem a reforma da Previdência, o sistema não fica de pé'

Em evento promovido pela Editora Globo, em São Paulo, ministro-chefe da Casa Civil também descartou alta de impostos

LUÍS LIMA
ÉPOCA

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, voltou a defender areforma da Previdência nesta segunda-feira (1º). Segundo o ministro, sem essa reforma, não há como manter o sistema funcionando. Apesar disso, ele disse que a proposta para uma idade mínima ainda não está fechada.
O ministro falou em evento promovido pela Editora Globo, em São Paulo. Ele também descartou alta de impostos.
ÉPOCA - A proposta de idade mínima para aposentadoria está fechada: 65 para homem e 62 para mulher?
Eliseu Padilha -
 Ainda não está fechada, mas temos como meta fixar, em princípio, 65 anos para ambos os casos. Países mais desenvolvidos trabalham com idade mínima de até 68 anos, por exemplo. O presidente interino, Michel Temer, pediu para ter uma atenção especial com mulheres e professores, e que se criasse uma transição mais longa, no sentido de preservar uma diferença por algum tempo.
ÉPOCA - Quão urgente para o governo é aprovar a reforma da Previdência?
Padilha -
 Sem ela, o sistema não fica de pé. Temos de ter coragem para redimensioná-lo e garantir ao cidadão a possibilidade de se aposentar. É algo que interessa a toda a sociedade. Quem tiver o mínimo de responsabilidade social e política tem de querer fazer a reforma.
ÉPOCA - Propostas concretas só devem ser apresentadas depois das eleições municipais?
Padilha -
 A pretenção do presidente Temer é iniciar o debate antes. Só não sabemos se conseguiremos votar. De qualquer forma, ela não terá efeito imediato. Trabalhamos com uma transição entre 15 e 20 anos para termos seus efeitos.
ÉPOCA - Para além do corte de gastos, como anda a preocupação com as receitas do governo?
Padilha -
 Elas estão em queda e não reagem na mesma velocidade com que acontece a retomada da confiança, que já vimos. Ela depende de outros fatores.
ÉPOCA - Uma eventual alta de tributos, por exemplo?
Padilha -
 Não. Trabalhamos com otimismo, que conta com a reação da economia, aceitação de propostas de parceria com o setor privado, com cortes de gastos. Isso tudo para atingirmos nossa meta, sem elevação da carga tributária.

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