Em novo levantamento, há um empate entre favoráveis e contrários (já são cinco de cada). Oito deputados permanecem indecisos
João Carvalho Jr., Especial para O Imparcial
Com a Comissão do Impeachment montada e encaminhando as discussões da possibilidade de saída de Dilma Rousseff do poder, as opiniões dos parlamentares sobre o assunto vão se definindo. Quem estava indeciso tem procurado se postar de um dos dois lados. Da bancada maranhense, 44% estão indecisos em relação ao impeachment da presidente. Em novo levantamento de O Imparcial, pouca coisa mudou, mas teve um crescimento na postura pró-impeachment. Há um empate entre favoráveis e contrários (já são cinco de cada). Oito deputados permanecem ‘em cima do muro’.
As variadas opiniões
“Sem crime de responsabilidade, não pode prosperar o impeachment, com uma denúncia muito frágil que tramita na Câmara, além de ainda termos a condução por um presidente réu, que deflagrou o processo de impeachment como retaliação ao governo”, apontou o pecebista.
Do outro lado da situação, está a deputada Eliziane Gama (sem partido), que acredita que
houve crime de responsabilidade por parte da presidente, além dela ter se colocado em uma situação de ingovernabilidade. Gama vai além, afirmando que nem Dilma e nem Temer servem para o Brasil.
“Desde o ano passado, tenho me posicionado a favor do impeachment, pelo crime de responsabilidade e a falta de condições políticas de continuar governando o país. Entendo que a melhor solução dessa crise política seria a cassação das candidaturas de Dilma e Temer por irregularidades no financiamento de suas campanhas de 2014, como vem sendo investigado pelo TSE. Dilma e Temer são a mesma coisa e a crise só seria mitigada, acredito eu, com a saída de ambos”, disse a deputada.
“É delicado, complexo e decisivo o histórico momento que vivemos. É vital a condução do processo até o fim. Sei da intransferível responsabilidade da minha decisão e das consequências que elas trarão ao Brasil. [...] Sou favorável ao processo de impeachment, preenchidos os requisitos, cumpridos os ritos previstos, apresentadas provas de acusação e assegurado o amplo direito de contraditório e de defesa”, disse o deputado, completando estar “certo de que as instituições nacionais são suficientemente fortes, maduras e consolidadas” e que “o Brasil vai superar a crise política e encontrar em paz o melhor caminho para o desenvolvimento econômico e social”.
Na linha majoritária das opiniões, o deputado Waldir Maranhão (PP), vice-presidente da
Câmara dos Deputados, adota cautela. Segundo ele, ainda é preciso ver como a comissão que está analisando o caso vai conduzir as decisões. “O Partido Progressista, neste momento, avalia o processo e aguarda posicionamento da Comissão Especial da Câmara dos Deputados sobre um possível pedido ou rejeição do impedimento da presidente da República”, falou Waldir.
Comportamento partidário
Quando levantamos o posicionamento por partidos, há uma divisão normal, levando-se em conta que poucas são as siglas que detêm mais de uma vaga. Nestes casos, estão PMDB e PP, com três e dois deputados, respectivamente. Mas todos eles estão no campo da indecisão