João Alberto evita debate com Randolfe Rodrigues

Peemedebista, que preside Conselho de Ética, foi criticado pelo senador amapaense depois de ver delação contra si arquivada no STF

Senador João Alberto (Foto: Ag. Senado)
O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), reagiu ontem, em entrevista a O Estado, às declarações do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que usou as redes sociais na segunda-feira, 4, para pedir o afastamento do peemedebista da presidência do colegiado.
A manifestação do amapaense ocorreu no mesmo dia em que o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o arquivamento da investigação contra ele após o doleiro Alberto Youssef afirmar que não conhece o parlamentar.
O senador havia sido acusado pelo delator na Lava Jato Carlos Alexandre de Souza Rocha, que atuava como transportador de dinheiro para o doleiro Alberto Youssef, de ter recebido propina.
Para João Alberto, que diz desenvolver um trabalho técnico na Casa, ao se posicionar contra o Conselho de Ética no mesmo dia, Randolfe tenta insinuar que o maranhense teve algo a ver com a delação.

Senador Randolfe Rodrigues (Foto: Ag. Senado)
“Ao ler o que ele escreveu na rede social, eu interpreto que ele insinua que eu teria alguma influência numa denúncia contra ele no processo na Lava Jato. Mas que influência teria eu nisso?”, questionou.
O senador disse que não bateria boca com o colega e acrescentou que, por ser presidente do Conselho de Ética – ele recentemente encaminhou ao colegiado denúncia contra o próprio Randolfe -, preferia não se estender no debate.
“Eu tenho conduzido um trabalho técnico à frente do Conselho de Ética e, até pela minha posição, não vou ficar batendo boca com o senador Randolfe Rodrigues”, completou.
Afastamento
As críticas de Randolfe foram externadas pelo Twitter, na segunda-feira, logo após a decisão do STF de arquivar a delação contra ele.
Na rede social, o parlamentar do Rede Sustentabilidade disse que entrará pessoalmente com um pedido de afastamento do peemedebista logo após a volta do recesso parlamentar.
“É necessário que o Conselho de Ética do Senado funcione de fato”, defendeu o amapaense, acrescentando que, “para que isso ocorra, é necessário o afastamento do senhor João Alberto da presidência”.


Gilberto Léda
O Estado Ma

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