Roberto Costa presta homenagem póstuma a Zenaide Cabeleira e repudia privatização SAAE Bacabal




Na sessão desta segunda-feira (11), o deputado Roberto Costa (PMDB) prestou uma singela homenagem a produtora cultural e empresária bacabalense Zenaide Cabeleireira, falecida no último final de semana, e classificou como "criminosa" a privatização do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) em Bacabal. Há rumores de que o projeto seja votado próxima quarta na Câmara Municipal.

Roberto Costa voltou a criticar a falta de transparência do processo de privatização, o que tem impedido a participação popular. Além do desemprego, o reajuste nos valores e a cobrança de novas taxas são pontos que têm assustado a população quando se fala na entrega do sistema público de água à iniciativa privada em Bacabal.
Na tribuna, Costa repercutiu alguns pontos abordados nas matérias dos blogs de Bacabal que analisam a situação, a exemplo de possível compra de votos e cobertura financeira para que vereadores bacabalenses fossem favoráveis a venda do SAAE.
O deputado disse não acreditar que os vereadores, representantes do povo, que construíram uma história na cidade, venham a se comprometer com esse processo que a cada dia se mostra contra a população de Bacabal.
Com base em informações repassadas pelo Sindicato dos Urbanitários, de acordo com o que tem acontecido em outros municípios, Roberto Costa listou os aspectos negativos da concessão, a exemplo do aumento de taxas a serem cobradas: atualmente o SAAE cobra dez tipos de taxas de serviços, mas seguindo o que já aconteceu nos municípios onde houve a privatização, a expectativa é que 40 taxas a mais passem a ser cobradas da população. Enquanto uma taxa de ligação custa R$ 37,50 em Bacabal, com a privatização a taxa deve passar para R$ 161,00. Já a taxa de religação, que hoje custa R$ 22,00 em Bacabal, deve passar para R$ 250,00. Em casos de corte a pedido do consumidor, o SAAE cobra R$ 10,00, mas em municípios já privatizados, a taxa vai para R$ 120,00.
A tendência natural é que o valor cobrado no metro cúbico de água, que hoje custa R$ 2,15 chegue a R$ 4,48, prejudicando, sobretudo, a maior parte da população que corresponde ao consumo mínimo de 10 metros cúbicos.
Outro aspecto abordado pelo deputado é sobre a questão da zona rural, hoje isenta do pagamento do serviço, teria que passar a pagar pelo fornecimento de água. Outro ponto negativo corresponde às casas que têm poço artesiano particular: a empresa responsável pela concessão do serviço poderá interditar o funcionamento do poço para que a água da concessionária possa ser vendida naquele local.
"Antes de se pensar em privatização, esse assunto deveria ser discutido com a população, com as igrejas, com os movimentos populares, esse processo tinha que ser transparente, estamos falando da água e de sua importância e a população deveria participar dessa discussão. Vamos convocar os bacabalenses a se rebelarem contra esse processo, quem votar a favor desta concessão criminosa está contra o povo de Bacabal. Todos nós, entes públicos, somos empregados da população não para defender os interesses de empresas privadas que visam os lucros, mas para defender os interesses da população", pontuou.
Costa pediu que a Assembleia Legislativa amplie o debate sobre a privatização do serviço, fato que, segundo ele, tem acontecido em outros municípios maranhenses.


Assecom deputado Roberto Costa

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