Poeta de bronze

Moro nessa velha praça onde todos passam e nem se quer me vêem,
Moro onde as folhas caem no chão e somente o vento é quem as vê.
Moro onde não há paredes ar condicionados ou aquela velha TV.
Moro tão longe de seu coração mais a dois quarteirões perto de você.

Moro onde as nuvens são o meu telhado moro do lado onde ninguém vê,
São os pombos minhas únicas companhias quando a praça esta vazia sem você.
Moro onde nuvens me escondem onde ventos me esfria e frio me faz o brilho perder.
Moro onde nunca quis morar e que por tanto lhe amar o mundo me fez te sofrer.

Moro tão longe de seu corpo hoje nem vivo em desgosto por não mais vida eu ter,
Sou feito de pele grossa igual a cor da água criada por tintas, eu nasci em um atelier.
Só tenho um rosto fixo na praça e um nome que Deus me deu antes mesmo deu nascer.
Deus que me deu um grande coração onde guardo a recordação de minha inspiração ser você.

Moro onde ninguém jamais vai me entender.
Pois sou aquilo que ninguém jamais irá conhecer.

Ivalmar Sales (Stramith).

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem