Loucura de um poeta

Si tenho que morrer
Se não há solução
Si é esse o fim da sina
Gostaria de morrer do coração
Não que eu queira morrer agora
É que sempre sonhei viver sozinho
Vagar pelas noites
Perambular pelos bairros
Dormir nas calçadas
E amanhecer nas sarjetas:
Sonhei que era poeta!
Se Castro e Casimiro
Morreram do mal do século!
Eu, como Vinícius,
Tenho que morrer do coração
Quem morre do coração
Quase sempre morre sozinho
Já que não vagueie nas noites
Não perambulei nos bares
Não dormi nas calçadas
Não acordei nas sarjetas
Nem mesmo vivi sozinho,
Como queria,
Tenho que morrer do coração
Quem morre do coração
Quase sempre está sozinho
Quem sabe!
Aí eu realizaria meu sonho?

Abel
Ba julho 01

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